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SaúdeMalawi

Surto de cólera no Malawi causa 595 mortos

Lusa | EFE
2 de janeiro de 2023

O número de mortes devido ao surto de cólera no Malawi subiu para 595 e há 17.824 infeções desde março, atrasando a abertura das escolas após as férias de Natal, afirmaram as autoridades de saúde.

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Foto: Columbus S. Mavhunga/DW

O encerramento das escolas primárias e secundárias afeta as duas principais cidades do Malawi, Lilongué (a capital) e Blantire (sul), onde estas deveriam reabrir portas esta terça-feira (03.01). 

A reabertura "será adiada por não menos de duas semanas e até novo aviso" nessas cidades devido ao "aumento recente e contínuo do número de casos e mortes por cólera", disse o ministro da Saúde, Khumbize Kandodo Chiponda, em comunicado.

"Para todos os outros alunos, em todos os distritos de saúde, as respetivas autoridades devem reforçar o cumprimento das medidas recomendadas de controlo da cólera, incluindo a vacinação contra a cólera para aqueles que ainda não foram vacinados", acrescentou o ministro.

Desde o início do surto no distrito sul de Machinga, foram detetados casos em todos os 28 distritos do país, embora tenha sido controlado em oito deles.

Pedido estado de calamidade

No domingo (01.01), o líder da oposição, Kondwani Nankhumwa, pediu ao Presidente do país, Lazarus Chakwera, que declarasse "imediatamente" o "estado de calamidade nacional" para travar o surto.

A maioria das mortes, segundo o Ministério da Saúde, ocorreu em comunidades ou em centros médicos depois de os pacientes terem entrado com sintomas demasiado avançados.

Em dezembro, a taxa de mortalidade era de 2,98%, de acordo com uma declaração enviada à agência noticiosa Efe e assinada pelo ministro da Saúde.

A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com a bactéria vibrio cholerae.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cólera continua a ser "uma ameaça global para a saúde pública e um indicador de desigualdade e de falta de desenvolvimento".

No auge da estação das chuvas na África Austral, as autoridades advertiram esta semana as comunidades que vivem perto de rios e lagos do risco de inundações, que poderiam exacerbar a propagação da doença.