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Sector turístico cabo-verdiano lucra com as crises políticas no Egito e na Tunísia

15 de fevereiro de 2011

Até Setembro de 2011, Cabo Verde poderá receber cerca de 3 mil turistas, por causa da instabilidade no Egito e na Tunísia. Os europeus com férias programadas para aqueles países escolhem o arquipélago como alternativa.

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Vista sobre a vila das Fontainhas na Ponta do Sol, ilha de Santo AntãoFoto: picture-alliance / Bildagentur Huber

Com o conflito que tomou conta do Egito, nas últimas semanas, os turistas e operadores turísticos viram-se obrigados a reprogramarem as férias e os pacotes de viagens. Cabo Verde surge como um dos destinos preferenciais.

Mais de 400 turistas, na sua maioria italianos, chegaram às ilhas do Sal e da Boa Vista desde a semana passada. Segundo Benoit Villan, director da agência de viagens Morabitur, este desvio de turistas europeus significa uma nova reformulação nos hotéis e serviços ligados ao turismo. Reprogramação também nos aeroportos, tendo em conta o aumento de voos charter, o embarque e desembarque de passageiros.

Um impulso para o turismo

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Pescadores na praia do Tarrafal, ilha de SantiagoFoto: picture-alliance / Bildagentur Huber

Numa entrevista à rádio pública cabo-verdiana, Benoit Villan informou que, nos próximos dias, devem desembarcar mais turistas nos aeroportos internacionais do Sal e da Boa Vista.Esta alteração, sublinhou, "é uma nova perspectiva para ocupar todos os hotéis durante o verão. Depois da crise é mais uma porta que se abre para o turismo cabo-verdiano".

Nos últimos dias, as agências de viagens de Cabo Verde têm recebido inúmeros pedidos de operadores europeus que tinham vendido pacotes turísticos para o Egito que superam as capacidades do país. Mas Benoit Villan fala da actual falta de quartos para a quantidade de turistas que chegam ao arquipélago mas acredita "que a situação ficará solucionada a partir do verão com a abertura de dois novos hotéis na Boa Vista e aqui no Sal".

Cabo Verde: uma óptima alternativa

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Costa do Tarrafal, ilha de SantiagoFoto: DW/Johannes Beck

Desde que começaram os protestos de rua contra o regime de Hosni Mubarak que os turistas fugiram para paragens menos instáveis. E Benoit Villan, director da agência de viagens Morabitur acha que "Cabo Verde é, claramente, uma ótima alternativa para (...) o turismo de sol e praia." E confirma que a sua agencia tem "recebido muitos pedidos em regime de urgência" para a transferência de marcações de férias para Cabo Verde.

Autor: Nélio dos Santos (Praia)
Revisão: Carla Fernandes/António Rocha