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PolíticaAlemanha

Scholz encontra-se com Biden para reforçar apoio à Ucrânia

Christoph Hasselbach | DPA | tm
3 de março de 2023

Visita de um dia do chanceler Scholz a Washington será sem pompa ou circunstância - ou nem mesmo uma conferência de imprensa conjunta. Os dois líderes vão discutir a guerra na Ucrânia e o possível envolvimento da China.

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Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance

O chanceler alemão, Olaf Scholz, chegou na noite desta quinta-feira (02.03) Washington para abordar com o chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, a "situação na Ucrânia". "Para continuar a nossa estreita coordenação, viajo para Washington para conversações com Joe Biden em Washington. Um ano de mudança de tempos significa também um ano de parceria transatlântica mais próxima e mais confiante do que nunca", disse.

Além de definirem os próximos passos para o apoio à Ucrânia, invadida pelas tropas de Putin no ano passado, o chanceler alemão deverá abordar esta sexta-feira (03.03) os desafios colocados pela China na guerra, um tema sobre o qual já se pronunciou esta semana.

"A minha mensagem para Pequim é clara: usar a sua influência em Moscovo para pressionar a retirada das tropas russas, e não forneça armas ao agressor: a Rússia", afirmou ainda.

Insistência de Scholz?

Poucos dias antes da viagem do chanceler alemão, o conselheiro de segurança de Joe Biden, Jake Sullivan, disse numa entrevista televisiva que o Presidente norte-americano só tinha concordado em entregar os tanques de batalha "Abrams" americanos à Ucrânia por causa da insistência de Scholz.

Ao fazê-lo, Sullivan contradisse as declarações anteriores do seu chefe, o Presidente Biden, que tinha dito: "A Alemanha não me obrigou a mudar de ideias".

Joe Biden
Joe Biden, Presidente dos EUAFoto: Andrew Harnik/AP/picture alliance

Segundo Henning Hoff , membro do Conselho Alemão de Relações Exteriores e editor executivo da Revista "Política Internacional Trimestral", esta negação "pretende evitar a impressão de que os americanos foram colocados sob pressão".

Mas, por outro lado, o analista explica que "o que se tornou evidente é que o chanceler Scholz foi capaz de o deixar claro em Washington: Preciso deste a poio, caso contrário, será muito difícil dar um próximo passo. No final, isso também foi bem sucedido, penso, porque o chanceler tem uma ligação pessoal muito boa com o Presidente Biden".     

Conversa à porta fechada

Biden e Scholz devem falar esta sexta-feira durante cerca de uma hora à porta fechada. Não está prevista uma conferência de imprensa depois da reunião.

O chanceler não se fez acompanhado por jornalistas de Berlim, ou por alguma delegação empresarial alemã.

A reunião na Casa Branca é a única reunião oficial prevista durante a sua estadia em Washington, onde posteriormente está agendada uma entrevista para a emissora norte-americana CNN.

Esta é a segunda visita de Scholz a Washington desde que assumiu o cargo de chanceler da Alemanha.

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