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SADC pede reforço da capacidade operacional em Cabo Delgado

Lusa
31 de janeiro de 2023

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral apela ao reforço da capacidade operacional da força militar regional na província moçambicana de Cabo Delgado, a SAMIM.

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Foto: ALFREDO ZUNIGA/AFP

Os líderes regionais apelaram, esta terça-feira (31.01), "aos Estados-membros para responderem urgentemente aos pedidos de capacidades críticas para aumentar a capacidade operacional da missão da SADC em Moçambique".

Durante um encontro do Órgão sobre Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), na capital namibiana, Windhoek, os presidentes da Namíbia, Zâmbia, África do Sul e República Democrática do Congo (RDCongo) "observaram" também as investigações em curso sobre os corpos queimados recentemente no norte do país lusófono, segundo o comunicado final, a que a agência Lusa teve acesso.

"A cimeira observou as investigações em andamento que estão a ser realizadas pela liderança da SAMIM após um vídeo perturbador nas redes sociais retratando o que parece ser pessoal da SAMIM a queimar pessoas mortas e reiterou que o público será informado assim que as investigações forem concluídas, conforme comunicado pelo presidente do órgão em 11 de janeiro de 2023", salientou.

"Cabo Delgado tornou-se uma negação do Estado de Direito"

No encontro desta terça-feira, foi observado também um "minuto de silêncio" em memória dos soldados da missão militar da África Austral em Moçambique (SAMIM) "que perderam a vida no cumprimento do dever". No comunicado final, os líderes regionais "expressaram condolências" aos Governos do reino do Lesoto, Repúblicas do Botsuana e Zâmbia e República Unida da Tanzânia "e respetivas famílias pela perda dos seus cidadãos", sem avançarem detalhes sobre o número de vítimas.

"Não-alinhamento"

Duranta a reunião, a SADC reafirmou ainda a posição de "não-alinhamento" sobre conflitos fora da região e do continente africano.

"A cimeira adotou o projeto de Declaração da União Africana sobre a proposta 'Lei de Combate às Atividades Malignas Russas em África' dos EUA, e instou os Estados-membros a comunicarem a posição da SADC, e reafirmou a posição de não-alinhamento sobre conflitos fora do continente e da região em fóruns multilaterais", declararam os líderes.

Além dos presidentes da Namíbia, Zâmbia, África do Sul e RDCongo, participaram na cimeira extraordinária da Troika do Órgão sobre Política, Defesa e Segurança da SADC os chefes de Governo do Lesoto e de eSwatini. A República de Moçambique fez-se representar pelo ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Artur Chume, segundo o comunicado final.

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