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PolíticaÁfrica do Sul

Ramaphosa pronto a explicar-se à nação após investigação

Lusa
31 de agosto de 2022

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, diz estar pronto para "se explicar" à nação e "assumir total responsabilidade" num embaraçoso caso de roubo, logo que a investigação de que está a ser alvo se conclua.

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Foto: Rodger Bosch/AFP

Respondendo a perguntas no Parlamento, na terça-feira (30.08), Cyril Ramaphosa disse estar a cooperar com as autoridades, mas recusou dar detalhes do roubo que lhe rendeu acusações de lavagem de dinheiro e corrupção, acrescentando que foi aconselhado a esperar até que os investigadores concluam o seu trabalho.

"A resposta mais apropriada que posso dar é que a lei segue o seu caminho", disse Ramaphosa durante uma tempestuosa sessão parlamentar por videoconferência.

"Estou pronto para cooperar e também para me explicar", acrescentou aos parlamentares da oposição descontentes com as suas respostas vagas.

O gabinete do provedor da República e a polícia abriram uma investigação em junho, depois de Ramaphosa, de 69 anos, ter sido acusado de comprar o silêncio de assaltantes que encontraram elevadas somas de dinheiro numa das suas propriedades.

Em fevereiro de 2020, de acordo com uma denúncia apresentada pelo antigo responsável dos serviços de informações, Arthur Fraser, assaltantes invadiram uma propriedade do Presidente em Phala Phala, no nordeste do país, onde encontraram o equivalente a quase quatro milhões de euros em dinheiro.

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Acusado de esconder roubo da polícia

A denúncia acusou Ramaphosa de esconder o roubo da polícia e o dinheiro das autoridades fiscais, de ter organizado o sequestro e interrogatório dos ladrões, depois de os subornar para permanecerem em silêncio.

Cyril Ramaphosa inicialmente admitiu o roubo, mas nega as alegações de sequestro e suborno, dizendo que denunciou o roubo à polícia.

O Presidente sul-africano também contestou os valores anunciados e assegurou que o dinheiro resultava da venda de gado.

O caso está a pressionar o Presidente, que fez do combate à corrupção um cavalo de batalha e procura ser designado pelo partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC), para concorrer a um novo mandato nas eleições presidenciais de 2024.