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Moçambique: "Há comportamento desviante de efetivos" da PRM

Lusa
14 de maio de 2024

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique disse, esta terça-feira, que a corporação tem em curso uma "reflexão" interna sobre o "comportamento desviante" de alguns efetivos, para encontrar soluções.

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Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael
Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino RafaelFoto: DW

Em declarações aos jornalistas, em Maputo, à margem do lançamento do seu livro, Bernardino Rafael, comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse hoje que a corporação está " a refletir como tratar os agentes que contribuem negativamente no índice criminal no nosso país".

"Estamos a refletir porque há isso, para descobrirmos. O problema, encontrámos: Há comportamento desviante. É um problema, então, [estamos a] refletir para sairmos dessa situação", explicou, questionado sobre o teor de uma circular interna, sobre o assunto, que o comando-geral enviou para todas as unidades da PRM.

Há vários anos que, entre outras práticas criminais, os agentes policiais são associados aos raptos que continuam a assolar sobretudo a capital moçambicana.

Para Bernardino Rafael, todas as organizações "analisam a situação comportamental dos seus trabalhadores" e, quando avaliam, descobrem "o ponto fraco", para encontrar soluções.

100 agentes expulsos em 2023

"As instituições existem para poder beneficiar a população, a sociedade. Então, nós analisámos, vimos que há comportamento desviante dos nossos agentes da polícia, alguns. E decidimos, primeiro, fazer uma instrução interna para refletir", insistiu.

Bernardino Rafael confirmou que uma centena de agentes da PRM foram expulsos da corporação em 2023.