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Pelo menos 14 mortos nos novos protestos em Moçambique

Lusa
6 de dezembro de 2024

Pelo menos 14 pessoas morreram nas novas manifestações em Moçambique, que começaram na quarta-feira, sendo mais de metade em Nampula, no norte, segundo a Plataforma Eleitoral Decide.

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Protestos na capital moçambicana, Maputo, a 7 de novembro de 2024
A polícia tem sido acusada de usar força desproporcional na contenção dos manifestantes Foto: Amós Fernando/DW

De acordo com o relatório divulgado por aquela plataforma de monitoria do processo eleitoral, a província de Nampula contabiliza oito mortos nas manifestações de 04 e 05 de dezembro, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, e duas em Cabo Delgado, além de Sofala, Gaza, Inhambane e Maputo.

No documento contabilizam-se também 53 pessoas baleadas em dois dias, sendo 21 em Nampula e igual número em Cabo Delgado, mas também 47 detidos, 21 dos quais em Gaza e 16 em Maputo.

Ainda segundo o relatório divulgado pela Plataforma Eleitoral Decide, envolvendo outras organizações não-governamentais como o Centro de Integridade Pública (CIP), o Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) e a Amnistia Internacional, com dados até 04 de dezembro, havia ainda registo 3.450 detidos neste período.

O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou para uma nova fase de contestação eleitoral de uma semana, de 04 a 11 de dezembro, em "todos os bairros" de Moçambique, com paralisação da circulação automóvel das 08:00 às 16:00.

Tal como aconteceu na fase anterior de contestação, de 27 a 29 de novembro, o candidato presidencial pediu que as viaturas parem de circular das 08:00 às 15:30, seguindo-se então 30 minutos para se entoar os hinos de Moçambique e de África nas ruas, o que se verificou nos últimos três dias em várias artérias centrais, nomeadamente, de Maputo.

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