Obama faz a primeira visita oficial ao Quénia
22 de julho de 2015Barack Obama parte esta quinta-feira (23.07) para o Quénia. Será a primeira visita ao país desde que se tornou Presidente dos Estados Unidos da América (EUA). Obama é esperado na capital, Nairobi, para a Cimeira Mundial sobre Empreendedorismo, que se realiza este fim-de-semana (25 e 26 de julho). O Presidente norte-americano é o co-anfitrião do evento, juntamente com o seu homólogo do Quénia, Uhuru Kenyatta.
No encontro são esperados cerca de 1.500 participantes, incluindo empresários, investidores, empreendedores sociais e fundações de todo o mundo.
Depois do Quénia, Obama segue para Addis Abeba, onde se irá reunir com os líderes do Governo da Etiópia e da União Africana.
Segurança reforçada
Com as atenções voltadas para o Quénia, alguns turistas e até mesmo alguns participantes na cimeira podem querer visitar a aldeia de Nyan'goma Kogello, onde vivem familiares de Obama, situada a poucos quilómetros de Kisumu, a terceira maior cidade do país.
O Governo queniano reforçou a segurança em torno da casa da avó do Presidente dos EUA. É também aqui que está enterrado o pai do chefe de Estado norte-americano. No entanto, ainda ninguém confirmou se Obama vai visitar a aldeia - talvez por motivos de segurança.
"Aqui em Kogello estamos apenas a fazer verificações de segurança de rotina”, explica a comissária Caroline Onchoka, responsável pela segurança no distrito de Siaya. “Percebemos que este lugar está a atrair pessoas de todo o mundo, que estão a vir para cá, e, por isso, já estamos a agir. Essas pessoas serão submetidas a controlos logo à entrada da aldeia. Já não estamos a autorizar a entrada de veículos. Também temos detetores de metal para verificar se trazem objetos que podem pôr em perigo a vida das pessoas à sua volta”
Além de uma pequena cabana para receber os visitantes que querem ver a avó de Barack Obama, conhecida como Mama Sarah, não há mais nenhuma atividade que indique que o chefe de Estado norte-americano irá visitar a aldeia.
A irmã adoptiva do Presidente, Masat Obama, diz que a família não tem qualquer informação sobre a visita: "Esta é a sua casa, ele é livre de vir a qualquer momento. A porta está sempre aberta. Ainda não tenho nenhuma confirmação. Sei apenas o que as pessoas estão a ler nos jornais. Os visitantes são os do costume, o número é o mesmo, embora tenha havido um ligeiro incremento, mas não muito. Vêm de todo o mundo. O que se vê por aqui é a rotina diária, nada mudou. Eu sinto-me normal. Para nós, ele é um membro da família."
Moradores de Kogello esperam ver Obama
Alguns moradores, como Henry Odongo, o diretor da Escola Secundária Barack Obama, que foi construída num terreno doado pela família do Presidente, continuam esperançosos. E os alunos também esperam vê-lo. Segundo Odongo, a população deve a Obama o desenvolvimento de muitas infraestruturas na aldeia:
"Quando Obama se tornou Presidente dos Estados Unidos da América, houve um grande interesse. As pessoas vêm de países muito distantes e isso é a primeira coisa que falam quando chegam ao Quénia, quando sabem que este homem tem raízes aqui, que o pai cresceu aqui. E isso contribuiu para o desenvolvimento desta zona, como as estradas de asfalto aqui à volta, e muitas outras coisas. Temos até hotéis para esses visitantes”, diz Henry Odongo.
Muitos também aproveitam a visita de Obama para fazer negócio, como o comerciante Robert Otieno que vende cartazes e t-shirts com a cara do Presidente norte-americano:
"Estou a vender posters da família Obama”, conta o vendedor. “Comecei a vendê-los depois de ter ouvido que Obama vem visitar o Quénia. Vendo cerca de dez por dia. Estou a ganhar dinheiro e estou feliz."