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"O Brasil tem uma meta generosa para Copenhaga" - Entrevista com Dilma Rousseff

11 de dezembro de 2009

Em entrevista à DW-TV, a chefe da delegação brasileira na Cimeira do Clima afirma que o Brasil assume voluntariamente uma meta de redução de gases de estufa. Mas exige que os países industrializados façam mais.

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Dilma Rousseff numa conferência de imprensa, em Brasília, em Abril de 2008.Foto: AP

Desde o dia 7 de Dezembro até ao dia 18 de Dezembro decorre em Copenhaga, capital da Dinamarca, a Cimeira do Clima das Nações Unidas. Participam 192 países que vão negociar sobre as medidas contra o aquecimento do planeta.

O Brasil faz parte dos países mais importantes nestas negociações, pois é o quinto emissor de gases de estufa do mundo - principalmente por causa do desmatamento na região do Amazonas. Quem chefia a delegação brasileira é Dilma Rousseff, Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil e provável candidata do Presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores - PT - às eleições presidenciais de 2010.

A meta do Brasil de redução de gases de estufa

Regenwald in Amazonas
A queima de árvores na Amazónia é a principal fonte de gases de efeito estufa no Brasil.Foto: AP

O Governo brasileiro assumiu a meta de reduzir entre 36,1 e 39,8 por cento as emissões de gases de efeito estufa até 2020 em comparação com o ano de 1990. O Brasil também propôs diminuir em 80 por cento o desmatamento na região do Amazonas. Mas Dilma Roussef exige, em entrevista à DW-TV, que os países industrializados façam mais: "Todo mundo sabe que os gases de efeito estufa são cumulativos. E cumulativo significa que desde a revolução industrial vêm se acumulando gases de efeito estufa", explicou a Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil. "Nós achamos – e eu acho que a comunidade internacional acha a mesma coisa – que os países desenvolvidos têm metas obrigatórias, porque eles são responsáveis por ter contribuído mais para a emissão do CO2."

O Brasil como exemplo para uma matriz energética de energias renováveis

Wasserkraftwerk Itaipu in Foz do Iguazu in Brasilien
A barragem de Itaipu, em Foz do Iguaçu, é a segunda maior do mundo com uma potência de 14.000 megawatts.Foto: picture-alliance/ dpa

Dilma Rousseff vê como bom exemplo o uso de energias renováveis no Brasil: "A nossa matriz tem 46 por cento de energia renovável. Nos estamos provando que é possível desenvolver, que é possível crescer e ao mesmo tempo ter uma matriz energética renovável, combater o desmatamento e ter uma política extremamente pró-ativa no sentido do meio ambiente."

Ela acha que o Brasil é um caso ótimo para todo o mundo que acredita na conservação do meio ambiente: "Para você crescer, você não precisa destruir as árvores, você não precisa usar só carvão e óleo combustível para produzir energia."

Ouça a entrevista com Dilma Rousseff nesta edição do Contraste. A entrevista foi gravada antes do início da Cimeira do Clima e conduzida por Christopher Springate da televisão da Deutsche Welle.