Nyusi: "Desarmamento de ex-guerrilheiros avançará no centro"
5 de junho de 2021O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) "está ligeiramente paralisado por razões que explicámos noutras ocasiões: Covid-19 e a mobilização de recursos", explicou Filipe Nyusi,
"Mas esperamos ainda dentro deste mês retomar [a desmobilização] nas bases da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) na província de Tete", avançou o Presidente.
O chefe de Estado falava durante uma deslocação à província de Manica onde inaugurou o Centro de Recursos de Chimoio do Instituto Superior de Ciências e Ensino à Distância (ISCED).
Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR)
O DDR faz parte do acordo de paz assinado em 2019 por Filipe Nyusi e Ossufo Momade, presidente da RENAMO, principal partido da oposição.
Apoiado financeiramente pela comunidade internacional, o processo já abrangeu quase metade dos cerca de 5.200 elementos do braço armado da oposição.
No entanto, uma dissidência mantém-se ativa nas matas do centro da país e Nyusi voltou ontem a apelar à entrega das armas por parte de Mariano Nhongo e dos seus homens.
O chefe de Estado fez uma intervenção para "exortar o cidadão Mariano Nhongo, com os poucos compatriotas com quem ficou, que dão essa volta [incursões armadas] em Sussundenga e Gorongosa, para voltar ao convívio" do resto da população.
Filipe Nyusi salientou que os guerrilheiros ainda entrincheirados nas matas precisam de "beneficiar do desenvolvimento" do país.