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Nini Satar já chegou a Moçambique

Lusa
1 de agosto de 2018

Serviço de Investigação Criminal de Moçambique anunciou esta quarta-feira que Nini Satar, condenado pelo homicídio do jornalista Carlos Cardoso, chegou ao país, após ser capturado a 25 de julho na Tailândia.

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PGR tem dois processos nos quais Nini Satar foi constituído arguido .Foto: Getty Images/AFP/L. Venace

"O que posso assegurar é que o senhor Momad Assif, mais conhecido por Nini Satar, encontra-se no território moçambicano", disse Leonardo Simbine, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), em conferência de imprensa. Já foi encaminhado para a penitenciária de máxima segurança em Maputo, conhecida como "B.O.". 

Nini Satar foi capturado em cumprimento de um mandado internacional, emitido pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, na sequência da revogação da sua liberdade condicional.

As investigações para a sua captura foram levadas a cabo pelas autoridades moçambicana e tailandesa, segundo o Sernic. 

Arguido em dois processos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem dois processos nos quais Nini Satar foi constituído arguido.

O primeiro corre na 10.ª secção da PGR na cidade de Maputo, relativo à revogação da sua liberdade condicional, tendo de cumprir os restantes 12 anos da pena a que foi condenado.

O outro é referente ao seu envolvimento em casos de raptos, no qual é indiciado.

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Nini Satar foi condenado pelo homicídio de Carlos Cardoso (na foto) em 2000Foto: Caminho

Na altura da sua captura, Nini estava na posse de um passaporte falso, em nome de Sahime Mohammad Aslam. "Estamos a investigar para saber em que circunstâncias obteve o passaporte e há quanto tempo", disse o porta-voz do Sernic.

A imprensa sul-africana avança que Nini Satar está envolvido em casos de raptos também na vizinha África do Sul, mas as autoridades moçambicanas não confirmam e aguardam por uma comunicação formal do país vizinho.

"Nós acompanhamos pela imprensa essas informações. De momento, houve algumas trocas de informações, mas de forma informal. Nós estamos à espera de uma confirmação formal sobre o que se está a passar naquele país, que é para podermos tomar os devidos procedimentos", salientou o porta-voz.