1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaEstados Unidos

NATO: Biden anuncia "Presidente Putin" em vez de Zelensky

af | AFP | Lusa
12 de julho de 2024

A cimeira da NATO terminou em Washington com um momento insólito: o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se encontra sob pressão para retirar a sua candidatura, confundiu Volodymyr Zelensky com Vladimir Putin.

https://p.dw.com/p/4iCSO
O Presidente dos EUA, Joe Biden, à direita, aperta a mão do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma reunião à margem da Cimeira da NATO em Washington, em 11 de julho de 2024
O Presidente dos EUA, Joe Biden (à direita), encontrou-se com o homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à margem da Cimeira da NATO Foto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance

"E agora quero passar a palavra ao Presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem como determinação. Senhoras e senhores, Presidente Putin", anunciou o líder democrata de 81 anos, ao apresentar o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no palco da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Washington.

Depois, corrigiu o erro: "Ele vai derrotar o Presidente Putin, o Presidente Zelensky. Estou tão concentrado em derrotar Putin".

E Zelensky até brincou com a situação, afirmando: "Eu sou melhor do que ele [Putin]". 

Este incidente não passou despercebido, tanto na sala da cimeira, como na política interna norte-americana. Os adversários republicanos de Biden nao tardaram em divulgar o vídeo nas redes sociais.

Mas o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, saíram em defesa de Joe Biden, considerando que foi um "lapso de língua".

"Todos nós cometemos erros por vezes. Já me aconteceu e pode voltar a acontecer amanhã. Peço a vossa compreensão", disse Macron.

Também do lado democrata, muitos duvidam que o Presidente norte-americano ainda possa salvar a sua candidatura, poucas semanas antes da convenção do partido de nomeação para a disputa presidencial, que se realiza de 19 a 22 de agosto em Chicago.

A saúde de Biden já tinha sido questionada após o debate que travou com o republicano Donald Trump, no âmbito da disputa presidencial norte-americana no próximo mês de novembro. Em vários momentos pareceu ausente e enganou-se diversas vezes.

Joe Biden, Presidente dos EUA
Joe Biden está a ser pressionado para retirar a sua candidatura às presidenciais nos EUAFoto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance

Mais ajuda militar para a Ucrânia

A cimeira NATO tinha com um dos pontos discutir a guerra russa na Ucrânia. No final, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, destacou que o evento lançou as bases para que a Ucrânia triunfe face à invasão russa.

Os aliados assinaram um "compromisso financeiro, mais ajuda militar e mais acordos de segurança", acrescentou Stoltenberg. 

"Todo este apoio tornará a Ucrânia mais forte e mais capaz. Tudo o que estamos a fazer, o comando, o compromisso, mais ajuda militar, mais acordos de segurança e uma melhor capacidadade de cooperação, criam as bases para que a Ucrânia prevaleça", declarou.

Em termos financeiros, os membros da NATO prevê desembolsar cerca de 40 mil milhões de euros no próximo ano para ajuda militar à Kiev.

Reagindo ao apoio, Volodomyr Zelensky declarou: "Eleva as nossas relações a um novo patamar, uma conquista significativa para a Ucrânia e para todos nós."

A NATO também concordou em admitir a Ucrânia como membro da Organização. Assim como a colocação de mísseis americanos de longo alcance na Alemanha. Uma decisão que não agradou a Moscovo, que disse que poderá responder militarmente.

NATO: 75º aniversário ofuscado pela guerra na Ucrânia