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Moçambique quer pequena agricultura mais competitiva

Romeu da Silva (Maputo)15 de agosto de 2014

O plano do executivo moçambicano e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), seu parceiro, é melhorar a produtividade dos pequenos agricultores e facilitar-lhes o acesso a mercados competitivos.

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Foto: Estácio Valoi

"Investir nas populações rurais" é o lema do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Para aumentar a produtividade e competitividade dos pequenos agricultores, esta agência especializada das Nações Unidas tenta aproximá-los dos compradores, reabilita estradas em zonas rurais e incentiva à poupança, por exemplo. Em Moçambique, desde 2009, já foram aplicados 200 milhões de dólares, segundo o diretor-geral do Fundo moçambicano de Apoio à Reabilitação da Economia (FARE), Augusto Isabel.

"E, de lá para cá, notam-se melhorias nas zonas rurais", diz. "Há uma maior circulação da moeda, as pessoas já sabem que poupar é importante e que sem poupança não podemos fazer investimentos."

Acesso a mercados

A falta de acesso aos mercados e os preços baixos da venda dos produtos são as queixas mais frequentes dos pequenos agricultores. O FIDA e o executivo moçambicano querem ajudar a mudar essa realidade.

"O objetivo é que as associações de produtores possam vender os seus produtos a um preço razoável", refere Augusto Isabel, do FARE. "Na área das finanças rurais, estamos a criar condições para que se tenha acesso a financiamentos, quer por via da microfinança, quer através de grupos de poupança rotativa."

Subsídios governamentais

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Entretanto, Moçambique olha para a China – não só como país-alvo para a exportação de produtos agrícolas moçambicanos, mas também como 'modelo a seguir' ao nível da política agrícola do Estado, nota Custódio Mucavele, representante do FIDA em Moçambique.

O Governo chinês dá subsídios encorajadores aos agricultores. E "houve um grande crescimento da produção chinesa graças aos subsídios." Por isso, segundo Mucavele, há quem pergunte: "Até que ponto o subsídio é útil e como é que o Governo chinês tem estado a lidar com os subsídios?"

Recentemente, os investigadores britânicos Joseph Hanlon e Teresa Smart lançaram um livro sugerindo financiamentos do Governo para a agricultura em vez de financiamentos dos doadores internacionais.

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