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Ingestão de farinha mata crianças na Zambézia, diz polícia

20 de novembro de 2020

As autoridades policiais estão a investigar a causa de um envenenamento coletivo que matou duas crianças na Zambézia, em Moçambique. Outras cinco pessoas da mesma família estão hospitalizadas em estado grave.

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Mosambik I Polizisten kooperieren mit Drogenhändlern in Quelimane.
Miguel Caetano é o porta-voz da polícia na ZambéziaFoto: DW/M. Mueia

Duas crianças de 6 e 8 anos de idade, da mesma família, morreram e outras cinco pessoas estão em estado grave após consumirem farinha de milho contaminada com uma substância ainda não identificada no distrito de Molumbo, na Zambézia.

Segundo informações da Polícia da República de Moçambique (PRM), a farinha foi submetida a uma pulverização em julho deste ano que poderá estar na origem da intoxicação alimentar fatal.

"O milho do qual foi produzido farinha teria sido pulverizado no mês de julho para efeitos de conservação do mesmo", diz Miguel Caetano, chefe do gabinete de relações públicas do comando da PRM, na província da Zambézia.

"Neste momento há um trabalho coordenado com a saúde com vista a apurar quais são os elementos químicos que foram introduzidos no milho", refere.

Outra hipótese

Já Calvo Ernesto, chefe da localidade de Coromana, tem outra versão para o que pode ter acontecido: “Pensa-se que aquela família tinha algum produto químico pendurado em cima do teto da casa, que caiu sobre a farinha”.

"O cheiro da própria farinha não é resultado de pulverização", assevera.

O diretor provincial de saúde Blaiton Cifa declinou uma entrevista gravada. No entanto, à DW África, afirmou que o produto usado para pulverizar residências não mortal e não é o mesmo que é utilizado para pulverizar os cereais. 

Blaiton Cifa refuta as afirmações oficias da PRM, alegando que em julho não houve campanha de pulverização no Molumbo, distrito onde o incidente ocorreu.