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Moçambique: Missão militar da UE começa até final do ano

Lusa
14 de setembro de 2021

O chefe da missão de treino militar da União Europeia (EUTM) em Moçambique diz estar convicto de que a missão contra o terrorismo no norte do país estará em pleno funcionamento até o fim de 2021.

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Soldados das forças moçambicanas na província de Cabo DelgadoFoto: Marc Hoogsteyns/AP/picture alliance

Em entrevista à agência de notícias Lusa, o general português Nuno Lemos Pires disse que parte esta terça-feira (14.09) a Maputo para integrar a "força de planeamento avançada".

Bruxelas ainda discute e negoceia a participação dos vários países que darão corpo à missão.

"No dia 16 - data em que se realizará a conferência de geração das forças - é que vamos ter uma maior clareza de quantos países vão, efetivamente, dar [efetivos], para quê e quantos", explicou. 

Missão de dois anos

"A única coisa que sabemos é que vamos ter cerca de 10 a 12 países da União Europeia e provavelmente vamos ter dois ou três países de fora da União Europeia que já se voluntariaram para também contribuírem para a missão, e que Portugal continua firme no seu compromisso de, se for necessário, contribuir com até 50% do efetivo, que no terreno serão cerca de 120 pessoas", acrescentou o líder da missão.

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Para além dos 120 efetivos, a missão contará ainda com cerca de 50 efetivos "on call", que só irão por períodos curtos. A União Europeia deverá dar a ordem de lançamento da missão em outubro, mas apenas "em novembro ou dezembro" deverão estar fechadas as "Final Operation Capabilities (FOC)" -  as "capacidades finais de operação", na tradução livre. A partir de quando começar a operar, a missão vai ter um prazo de dois anos.

Para além da missão que irá treinar a força de reação rápida moçambicana, a UE irá ainda apoiar as unidades de comandos e fuzileiros desta força com equipamento não-letal. "Estamos a ter em atenção aquilo que as forças armadas de Moçambique têm, e a União Europeia, tal como Portugal, está a fazer um esforço para conseguir também ajudar com o equipamento da força", explicou Lemos Pires. 

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