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Moçambique: Governo defende diálogo na greve em Xinavane

Lusa
24 de fevereiro de 2022

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique apelou ao diálogo para o fim das divergências entre trabalhadores e a Açucareira de Xinavane, que levaram a tumultos e vandalização de infraestruturas.

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Foto: DW/Romeu da Silva

"Tudo isto se resolve, de facto, dentro de uma plataforma de diálogo", disse esta quinta-feira (24.02) o ministro Celso Correia.

Correia falava aos jornalistas durante uma conferência de imprensa, no final de uma reunião na Açucareira da Maragra, distrito da Manhiça, província de Maputo, entre representantes das açucareiras nacionais e associações de produtores de açúcar, para um balanço da campanha 2020/2021 e perspetivas da campanha 2021/2022.

Sem se alongar sobre os tumultos de quarta-feira em Xinavane, distrito da Manhiça, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural apontou desentendimentos entre a direção, trabalhadores e comunidade como causa do conflito laboral na empresa.

Celso Correia disse que ainda será feito "o cálculo" do impacto na produção nacional da destruição de quarta-feira e da greve na fábrica.

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Violência

Um grupo de trabalhadores da Açucareira de Xinavane, que tem estado sob greve, vandalizou o posto policial local, infraestruturas da empresa e residências da vila, exigindo melhores condições salariais.

Na sequência dos distúrbios, o comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino Rafael, exonerou hoje os comandantes da corporação na província de Maputo, Inácio Dina, e no distrito da Manhiça, José Jofrisse.

Num encontro com oficiais do comando provincial da polícia em Maputo, Bernardino Rafael anunciou aquelas mudanças, bem como a cessação de funções do chefe do posto da polícia em Xinavane e do chefe de operações da corporação no distrito da Manhiça.

Num rescaldo dos confrontos de quarta-feira em Xinavane, aquele responsável avançou que 27 pessoas estão detidas e serão presentes à justiça por suspeitas de envolvimento na destruição de bens públicos. "Xinavane, hoje, acordou bem, estamos a trabalhar para que não volte a acontecer o que aconteceu ontem [quarta-feira], para que a fábrica volte a laborar", enfatizou, sem indicar os nomes dos oficiais que vão ocupar os cargos hoje deixados vagos.

 A açucareira de Xinavane é detida em 88% pelo grupo sul-africano Tongaat Hulett e em 12% pelo Estado moçambicano.