Moçambique: Filipe Nyusi está confiante na reeleição
28 de setembro de 2019Para além da capital provincial, Chimoio, Filipe Jacinto Nyusi, visitou os distritos de Barué, Manica, Sussundenga, Vanduzi, Gondola, Mossurize e Machaze, ou seja, o Presidente da República de Moçambique foi a oito dos doze distritos daquela província durante os três dias de campanha naquela região.
Em Machaze, este sábado (28.09), Nyusi pediu o voto e a confiança do povo e para isso relembrou o trabalho feito e reforçou as promessas. "No nosso manifesto continuamos a exortar e a priorizar a unidade nacional, a paz, a reconciliação e a democracia. Em 2014 trabalhámos para trazer a paz", começou por dizer. "Prometemos também no nosso manifesto, o desenvolvimento económico e a justiça social. Também o desenvolvimento de infraestruturas", indicou o atual Presidente da República.
"Nós vamos criar um Governo orientado para o emprego, para o trabalho e ao mesmo tempo vamos criar a cultura de trabalho, porque toda a gente deve trabalhar e não reclamar, pois tudo o que necessitamos de fazer só se faz com trabalho", defendeu Nyusi.
"Nós vamos para o próximo ciclo e temos a certeza que vamos", frisou o Presidente da República de Moçambique.
Mais emprego jovem
Na quinta-feira (26.09), em Chimoio, o Presidente de Moçambique prometeu aos jovens que no próximo quinquénio pretende acabar com a exigência de cinco anos de experiência como um dos requisitos para ingressar no mercado de trabalho do Estado.
O líder garantiu ainda o recrutamento de mais três milhões de jovens para diferentes ramos de trabalho, com vista à diminuição do desemprego que apoquenta a camada mais nova do país.
Perante a enchente em Chimoio, Nyusi demonstrou-se surpreendido: "Haverá alguém que poderá dizer que Chimoio não tem gente? É possível. Será que o primeiro secretário do partido mobilizou-vos para cá em troca de motorizadas? Bicicletas? Será que vos pagou?", ironizou. "No entanto, vieram de livre vontade. Para abrilhantar o vosso partido", comentou, agradecendo logo de seguida a afluência ao "showmício" da FRELIMO.
Moçambique encaixa 880 milhões de dólares
Filipe Nyusi aproveitou a deslocação ao centro de Moçambique no âmbito da campanha eleitoral para fazer negócios. Moçambique vai encaixar 880 milhões de dólares norte-americanos como resultado da venda de ativos da Anadarko à Occidental Petroleum e a entrada da Total na área 1 da Bacia do Rovuma.
O anúncio da transição dos ativos da companhia petrolífera norte-americana foi testemunhado na sexta-feira (27.09) na cidade de Chimoio pelo Presidente da República, que recebeu em audiência os executivos da Occidental Petroleum e da Total, empresas envolvidas no negócio.
Neste processo de venda, todos os cinco mil trabalhadores moçambicanos que estão na Anadarko, bem como os compromissos assumidos por esta companhia, vão passar para a responsabilidade da Total, segundo garantiu o presidente do conselho de administração e diretor executivo da empresa, Patrick Pouyaanné.
Patrick Pouyaanné manifestou interesse em contratar mais empresas moçambicanas para a prestação de serviços no âmbito dos trabalhos na Bacia do Rovuma.
Por seu turno, Vicki Hollub, presidente e diretora executiva da Occidental Petroleum, asseverou que tudo será feito para que a transição ocorra de forma tranquila.