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Moçambique: Venâncio Mondlane promete tirar país da pobreza

Lusa
25 de agosto de 2024

No primeiro dia de campanha eleitoral, o candidato presidencial Venâncio Mondlane prometeu no sábado (24.08) criar um Governo "íntegro e transparente" para tirar Moçambique da lista dos países mais pobres do mundo.

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Venâncio Mondlane, candidato presidencial moçambicano
Venâncio Mondlane: "Se nós tivermos um Governo íntegro, transparente, comprometido, é possível, em cinco anos, Moçambique sair dos países mais pobres do mundo"Foto: Cristiane Vieira Teixeira/DW

"Se nós tivermos um Governo íntegro, transparente, comprometido, é possível, em cinco anos, Moçambique sair dos países mais pobres do mundo para os 50 mais prósperos. Não é utopia, não é teoria [...] como alguns podem dizer. É possível, é real e nós podemos provar isso", disse à comunicação social Venâncio Mondlane, candidato às eleições de 9 de outubro apoiado pelos extraparlamentares o Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD).

O candidato falava durante uma passeata na província de Maputo, no primeiro dia de campanha eleitoral.

O candidato à Presidência de Moçambique defendeu ainda uma reforma do Estado para acabar com a corrupção no país, dizendo que o fenómeno resulta da "desorganização do Estado" e da "contínua violação das leis".

"Se você estabiliza o Estado, se você cria condições para o poder judicial ser autónomo, independente, imparcial e dar garantias de independência no seu procedimento, não tem espaço para corrupção", acrescentou Mondlane.

Venâncio Mondlane pediu ainda uma oportunidade de Governar Moçambique para eliminar os crimes de rapto, que afetam principalmente empresários e seus familiares, e o terrorismo em Cabo Delgado, província assolada por ataques armados desde 2017, apontando, mais uma vez, a integridade do Governo como solução.

"Se nos derem oportunidade de Governar, em um ano nós acabamos com os raptos, acabamos com o terrorismo em Cabo Delgado (...) se você cria integridade no Governo, seriedade no Governo, reforma do Estado, acabou terrorismo, acabou corrupção, acabam-se os raptos", afirmou o candidato.

Autoridades policiais patrulham cidade de Maputo
Crimes de rapto são um dos principais problemas sociais em MoçambiqueFoto: DW/L. da Conceição

Nascido em Lichinga, na província do Niassa, no Norte de Moçambique, Venâncio Mondlane, engenheiro florestal, tem 50 anos e é classificado pelos seus simpatizantes como VM7 - o CR7 da política moçambicana, numa alusão ao internacional português Cristiano Ronaldo.

Mondlane foi candidato pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) nas eleições municipais de 2023 à autarquia de Maputo, abandonou o partido em que militava desde 2018 - e o cargo de deputado para o qual tinha sido eleito -, depois de ter sido impedido de concorrer à liderança do maior partido da oposição no congresso realizado em maio.

A campanha para as eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique arrancou no sábado (24.08) em todo o país, com quatro candidatos à Presidência da República e 37 forças políticas concorrentes nas legislativas e provinciais.

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados oficiais.

Além de Mondlane, nestas eleições, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.

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