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PRM diz que persegue grupos armados na província de Nampula

Lusa
10 de setembro de 2022

A PRM em Nampula diz estar em perseguição aos grupos armados que recentemente atacaram algumas aldeias na província a provocaram a morte de pelo menos seis pessoas.

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Mozambik Macomia
Foto: DW

A Polícia da República de Moçambique na província de Nampula, recentemente alvo de ataques armados, disse este sábado (10.09), que está a mover uma perseguição contra os autores das incursões, apelando para a população se manter vigilante a pessoas "estranhas".

"As Forças de Defesa e Segurança estão no terreno a perseguir o inimigo,  para criar um ambiente que permita que a nossa população volte às suas zonas de origem", afirmou António Bachia, comandante da PRM na província de Nampula, norte de Moçambique.

O responsável pediu à população para se manter vigilante em relação a movimentações de pessoas estranhas nos 23 distritos da província de Nampula.

Parar a expansão do terrorismo

Na quinta-feira (08.09), o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu que o país deve impedir a expansão de grupos armados ativos desde 2017 em Cabo Delgado para mais províncias, assinalando que o "terrorismo não tem fronteiras, não tem quartel".

Mosambik | Besuch Filipe Nyusi und Paul Kagame in der Provinz Cabo Delgado
Filipe Nyusi, Presidente moçambicanoFoto: Simon Wohlfahrt/AFP/Getty Images

Antes, na quarta-feira, Nyusi tinha afirmado que pelo menos seis pessoas já morreram desde sábado numa nova vaga de ataques armados no norte de Moçambique e há combates em curso.

"Seis cidadãos foram decapitados, três sequestrados e dezenas de casas foram incendiadas", referiu na cidade de Xai-Xai, durante o discurso alusivo ao Dia da Vitória.

Alguns pontos do extremo norte da província de Nampula, juntamente com Cabo Delgado, são palco da instabilidade causada pela presença de grupos armados.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano por forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas levando a uma nova onda de ataques noutras áreas, mais perto de Pemba, capital provincial.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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