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CriminalidadeMoçambique

Moçambique: Detido suspeito no caso do empresário raptado

Lusa
28 de dezembro de 2022

As autoridades moçambicanas anunciaram a detenção de um suspeito de envolvimento no caso do empresário raptado há uma semana na Matola, encontrado morto na terça-feira (27.12) na província de Maputo.

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O empresário tinha sido raptado em frente a um dos seus estabelecimentos comerciais na Matola (arquivo)
O empresário tinha sido raptado em frente a um dos seus estabelecimentos comerciais na Matola (arquivo)Foto: DW/Romeu da Silva

"Em conexão com o crime, nós detivemos um cidadão. O Sernic [Serviço Nacional de Investigação Criminal] lamenta o facto e tudo tem feito para resolver esta problemática dos crimes de rapto", disse o porta-voz Leonardo Simbine, à comunicação social.

O corpo do empresário, raptado há mais de uma semana, foi encontrado em Txumene, na província de Maputo, no sul de Moçambique, com ferimentos e sinais de agressão, mas as autoridades alertaram ser prematuro avançar uma causa específica da morte.

"Neste momento, a medicina legal está a fazer o seu trabalho", frisou Leonardo Simbine.

O homem foi raptado no dia 14 de dezembro, em frente a um dos seus estabelecimentos comerciais no município da Matola, por um grupo armado.

Um vídeo captado por câmaras de vigilância no local do crime mostra o momento exato em que o grupo, composto por quatro homens, arrastou o empresário para uma viatura, em plena luz do dia.

Moçambique: Empresários da Beira protestam contra raptos

Onda de raptos desde 2020

Maputo e outras cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser palco de uma onda de raptos desde 2020, visando principalmente empresários ou seus familiares.

Moçambique registou, entre janeiro e novembro, 11 raptos e 27 detenções ligadas aos crimes, de acordo com dados avançados pelo Ministério do Interior.

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início de junho, a procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.

A magistrada referiu existirem vítimas "constantemente chantageadas", mesmo depois de libertadas, a manter o pagamento de quantias em dinheiro para garantir que não voltam a ser raptadas.

Trailer de "Resgate"