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Moçambique: Campanha eleitoral começará sem Momade

23 de agosto de 2024

Arranca neste sábado a campanha eleitoral para as eleições de 9 de outubro. Líderes dos principais partidos preparam-se para eventos na Beira e Quelimane. RENAMO não terá Ossufo Momade na abertura, relata a imprensa.

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Ossufo Momade, líder da RENAMO, em declarações à imprensa em 2023
Ossufo Momade encontra-se fora de Moçambique e não vai participar na abertura da campanha da RENAMO, avança a imprensa moçambicanaFoto: Amos Fernando/DW

Os partidos concorrentes às eleições gerais moçambicanas iniciam neste sábado (24.08) a campanha para a votação de 9 de outubro. Durante 45 dias, as 37 forças políticas que disputam as legislativas e provinciais, mais os quatro candidatos à Presidência, vão disputar o voto dos eleitores.

O partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), dará o pontapé inicial da sua campanha na cidade da Beira, no centro do país.

Daniel Chapo é o nome escolhido pela FRELIMO para concorrer ao cargo de Presidente da República. Mas será Filipe Nyusi, atual chefe de Estado e líder do partido no poder, que fará a abertura oficial da cerimónia, segundo a imprensa local.

Oposição em palcos diferentes

A capital provincial de Sofala também vai ser palco para o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segunda maior força da oposição moçambicana. O partido tem Lutero Simango como candidato à Presidência e deverá ser ele a abrir a campanha do partido na Beira.

Eleitora deposita cédula de votação na urna nas eleições autárquicas de 2023 em Moçambique
Mais de 17 milhões de eleitores moçambicanos são chamados a participar nas eleições geraisFoto: Alfredo Zuniga/AFP

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição, por seu turno, vai iniciar a sua campanha eleitoral em Quelimane, capital provincial da Zambézia, também no centro do país.

Segundo informações da imprensa moçambicana, Ossufo Momade, líder do partido e candidato à Ponta Vermelha, não deverá estar no evento este sábado por estar fora do país – assim como ocorreu na campanha de 2019, recordou o portal Carta de Moçambique. Clementina Bomba, secretária-geral da RENAMO, entretanto, deverá representá-lo.

Mais ao sul, Venâncio Mondlane, que concorre à Presidência da República com o apoio do Povo Otimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) – partido dissidente da FRELIMO, estará na Matola para fazer o lançamento da sua campanha de caça ao voto.

Apelo para eleições pacíficas

Mais de 17.163.686 eleitores estão inscritos para votar nas eleições gerais de 9 de outubro, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Desses, mais de 300.000 estão recenseados no estrangeiro.

Há poucos dias do início da campanha eleitoral, a sociedade civil moçambicana e a CNE apelaram a uma campanha eleitoral sem violência e sem incitamento ao ódio.

"Não usemos a campanha eleitoral para promover a desordem, incitamento ao ódio e à violência moral, que tem levado à injúria e à difamação, e devemos evitar a violência física", declarou o presidente da CNE, Carlos Matsinhe. 

Radar DW: Os ilícitos da "pré-campanha" em Moçambique

Thiago Melo da Silva
Thiago Melo Jornalista da DW África em Bona
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