Credit Suisse distancia-se dos ilícitos nas dívidas ocultas
4 de janeiro de 2019Face à detenção dos ex-colaborados do banco, a DW África solictou uma reação ao Credit Suisse. Por email o segundo maior banco da Suíca disse que "o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América acusou três ex-funcionários seus de desrespeitar os controles internos do banco e usar contas de e-mail pessoais para ocultar o seu envolvimento na fraude ligada a funcionários do Governo moçambicano entre 2011 e 2013."
O banco informa ainda que "nenhuma ação foi tomada contra o Credit Suisse. A acusação alega que os ex-funcionários agiram com o fim de obter lucro pessoal e tentaram esconder essas atividades do banco."
Finalizando a instituição assegura que "o Credit Suisse continuará a cooperar com os reguladores relevantes após as acusações e, separadamente, espera continuar a trabalhar com as autoridades relevantes para avançar com a proposta de reestruturação da dívida ”.
Mais um detido
A Procuradoria da Justiça em Nova Iorque subiu para cinco o número de acusados no esquema de fraude envolvendo empréstimos a empresas públicas moçambicanas realizados à margem das contas, no valor de mais de 2 mil milhões de dólares.
Aos nomes já conhecidos de Manuel Chang, ex-ministro das Finanças de Moçambique, e dos três antigos funcionários do Credit Suisse que intermediaram os empréstimos - Andrew Pearse, um ex-diretor do banco Credit Suisse, Surjan Singh, diretor no Credit Suisse Global Financing Group, e Detelina Subeva, vice-presidente deste grupo - a acusação estendeu-se esta quinta-feira (03.01.) a Jean Boustani, um negociador alegadamente envolvido no esquema, segundo a Associated Press.
O Credit Suisse, que emprestou cerca de 600 milhões de dólares ao Governo moçambicano, é o segundo maior banco da Suíça,