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Lista cinzenta: Moçambique avança, mas "precisa de mais"

Sitoi Lutxeque (Nampula)
6 de fevereiro de 2024

Moçambique está a avançar no combate ao branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, segundo o Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI). Economista diz que é preciso "trabalhar mais".

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Notas moçambicanas de duzentos meticais
Foto: DW/M. Sampaio

Moçambique está há mais de um ano na "lista cinzenta" do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), por terem sido encontrados lacunas no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento de terrorismo no país.

É um problema para a imagem de Moçambique e cria dificuldades no acesso a financiamento.

O GAFI fez dezenas de recomendações e o país está no bom caminho para as cumprir, de acordo com um relatório do grupo apresentado esta terça-feira (06.02), em Nampula.

"Moçambique continua a demonstrar o forte compromisso em dedicar recursos e priorizar ações necessárias para completar o seu plano de ação", citou Luís Cezerilo, coordenador nacional do Comité Executivo para a Remoção de Moçambique da Lista Cinzenta.

Luís Cezerilo, coordenador do Comité Executivo para a Remoção de Moçambique da Lista Cinzenta
Luís Cezerilo, coordenador do Comité Executivo para a Remoção de Moçambique da Lista CinzentaFoto: S. Lutxeque/DW

Este é o terceiro relatório de avaliação do GAFI - até agora, Moçambique cumpriu quatro das 11 recomendações consideradas urgentes.

"Moçambique adotou medidas para melhorar a cooperação e coordenação entre as autoridades relevantes para implementar as estratégias e políticas contra o branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, baseado no risco", aponta o GAFI. "E realizou formações para as autoridades aplicadoras da lei sobre assistências jurídicas mútuas para melhorar a recolha de provas e recuperação de ativos", exemplificou.

"É preciso mais"

O economista Domingos Zaqueu mostra-se satisfeito com os avanços citados no relatório do GAFI, mas avisa que não é motivo para cruzar os braços: "É preciso que se trabalhe mais e que o Governo do dia busque melhorar a imagem, sobretudo na questão de financiamento."

Além disso, é necessário "que as próprias entidades legais busquem pela lealdade e transparência na verdade material", acrescentou.

O relatório destaca os esforços nas formações para as autoridades que executam a lei. Mas o economista lembra que é preciso passar das formações à prática.

"Tem havido realmente muitas formações, mas a própria lei não é aplicada no verdadeiro sentido da palavra."

O Comité Executivo para a Remoção de Moçambique da Lista Cinzenta, subordinado ao Ministério da Economia e Finanças, voltou a assegurar esta terça-feira que está "comprometido" com o cumprimento de todas as recomendações do GAFI.

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