Imprensa alemã destaca o prolongamento da missão militar no Mali
7 de fevereiro de 2014Der Tagesspiegel publicou, nesta sexta-feira (7/2), a matéria de Robert Birnbaum, directo de Koullikoro, sobre a visita da ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, aos soldados alemães no Mali.
A ministra revelou que o presidente do Mali Boubacar Keita agradeceu a ela pelos esforços conjuntos no país. O periódico lembra que, há pouco mais de um ano, rebeldes tuaregues tinham assumido o controle do Norte do país. O exército francês atacou os rebeldes e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental também interveio.
A visita aos dois contingentes alemães no território do Mali faz parte de uma série que a nova ministra deve realizar aos soldados, uma vez que, nesta semana foi definido o prolongamento da missão alemã por mais um ano. Em breve, o parlamento terá de concordar com a iniciativa.
O Berliner Zeitung debate na matéria intitulada "Forças Militares Ocidentais voltam-se à África" que a Alemanha segue os Estados Unidos e a França na investida militar no continente.
O texto de John Dieterich destaca que o contingente militar francês cresceu para 10 mil soldados em oito países. Ao contrário dos Estados Unidos no Iraque, Paris considera importante a aprovação de eventuais intervenções na ONU, contando com o apoio dos países africanos vizinhos.
Fracasso da oposição?
Der Tagesspiegel também chama a atenção para a situação política na África do Sul. Discute o fato de a oposição sul-africana parecer ter encontrado a candidata correta para as presidenciais, mas repentinamente o nome de Maphela Ramphele foi retirado.
Desde o fim do Apartheid, há 20 anos, a oposição na África do Sul enfrenta um difícil dilema: em um país que ainda se considera muito as diferenças raciais e a cor da pele, parece faltar "um rosto negro de credibilidade", escreve o jornal.
O Süddeutsche Zeitung publica a matéria intitulada "Fantástico". A matéria de Reinhard Brembeck aborda as interpretações da obra de Mozart, feitas pelo pianista sul-africano Kristian Bezuidenhout.
O autor da reportagem brinca que Bezuidenhout é um "médium" que age como se incorporasse o mestre austríaco do período Clássico durante as suas apresentações.
O Frankfurter Allgemeine Zeitung reporta a morte de oito trabalhadores de uma mina de ouro na África do Sul na matéria "Morte a 1700 metros de profundidade".
Os mineiros foram atingidos por um incêndio e corpos ainda permaneciam desaparecidos na quinta-feira (6/2). A tragédia ocorreu na mina de oura de Doornkop, em Joanesburgo.
A matéria chama a atenção que o trabalho África do Sul é especialmente perigoso devido a localização das minas, cuja profundidade são as maiores do mundo. O número de acidentes, no entanto, tem caído devido a preocupação das empresas, conforme a reportagem, em investir mais em segurança.
Linchamentos em Bangui
O Neue Zürcher Zeitung trata do dilema da segurança na República Centro-Africana. A matéria expõe que nada seria mais urgente no país do que montar Polícia e Forças Armadas credíveis.
No entanto, as tentativas do governo, relacionadas a isto, estariam dificultando uma reconciliação, como mostra o caso do linchamento em Bangui.
O caso chamou a atenção do representante do secretário-geral da ONU no país, Babacar Gaye, que exige medidas enérgicas contra o incentivo a linchamentos.
O repórter Markus Haefliger, de Nairobi, escreve que o espancamento do alegado combatente do grupo rebelde Seleka teria iniciado por soldados recém formados para compor as novas
Forças Armadas centro-africanas, o que pode significar uma tendência muito perigosa, conforme Haefliger. O jornalista defende que deveria haver uma punição exemplar aos autores do linchamento.