Guiné-Bissau pode ter ano letivo anulado
9 de junho de 2014Professores guineenses da rede pública reclamam o pagamento de salários em atraso e a melhoria das condições de trabalho. Ao todo, são necessários mais de cinco milhões de euros para pagar as dívidas aos docentes. A frustração resultou na paralização dos profissionais.
Ao longo do ano, o governo de transição não conseguiu pagar as despesas do setor e solicitou apoio ao Banco Mundial, que iniciou o pagamento dos salários em janeiro. Mas ainda assim, o país continuou a registrar greve de professores.
Razões políticas
Laureano Pereira, representante dos alunos guineenses, diz que não há condições técnicas para validar o último ano letivo.
Os professores acusam o Banco Mundial de não cumprir o acordo assinado com o Governo de transição para a efetuação dos salários de janeiro a junho deste ano. O Banco Mundial responde que muitos dos professores e funcionários não têm conta bancária.
Mas o presidente Serifo Nhamadjo afirma que os professores e os alunos não colaboraram por questões políticas. Ele desabafa dizendo que não entende por que há resistência dos professores, se foi sugerido a todos que abrissem contas bancárias. "Também não entendo por que os alunos não comparecem às escolas quando se levantam as greves", complementa.
No ano letivo 2013/2014, houve mais dias de greve do que de aulas nas escolas do Estado.