1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Aristides Gomes processa Estado da Guiné-Bissau

Lusa
14 de dezembro de 2022

O antigo primeiro-ministro guineense Aristides Gomes apresentou uma queixa-crime contra o Estado da Guiné-Bissau, depois de as forças de segurança o terem tentado deter sem mandado, em novembro.

https://p.dw.com/p/4Kw2u
Foto: Braima Darame/DW

A queixa-crime, apresentada ao procurador da República junto do Tribunal de Relação de Bissau, "participa criminalmente contra o Estado da Guiné-Bissau, Sandji Fati, ministro do Interior, a Procuradoria-Geral da República, Bacari Biai, procurador-geral da República na altura dos factos", três magistrados do Ministério Público e agentes do Ministério do Interior.

Aristides Gomes regressou a Bissau em 18 de novembro para participar no congresso do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), depois de ter abandonado o país 2021, após ter estado refugiado na sede das Nações Unidas em Bissau desde março de 2020.

No mesmo dia, durante o congresso do PAIGC, as forças de segurança tentaram deter Aristides Gomes, que saiu do local e, segundo fontes partidárias, se encontra "seguro".

Desde então, o antigo primeiro-ministro permanece escondido, no país.

"No dia 18 de novembro, por volta das 21:30, um grupo de cerca de oito homens da Brigada de Intervenção Rápida, que se fizeram transportar em pelo menos duas viaturas do Ministério do Interior, fardados, com armas AK's, metralhadoras e canhões de gás, com rosto tapado com lenços, invadiram o salão onde decorria o congresso para dali retirar o queixoso", refere-se na queixa-crime.

Na queixa-crime salienta-se também que os elementos do Ministério do Interior "pertencem ao grupo de milícias mandado treinar na Turquia por Umaro Sissoco Embaló, que desde fevereiro de 2020 assumiu as funções de Presidente da República da Guiné-Bissau, tendo de imediato demitido o primeiro-ministro [Aristides Gomes], que por via das eleições legislativas, ocupava, por imperativo constitucional, o cargo".

Ex-chefe de Governo guineense denuncia rotura na democracia

Saltar a secção Mais sobre este tema