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Governo vai investigar denúncias de perseguição a RENAMO

Lusa | tms
1 de setembro de 2018

O ministro do Interior de Moçambique, Basílio Monteiro, garantiu que vai investigar as denúncias de que a polícia está a perseguir militantes e candidatos do maior partido da oposição.

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Líder interino da RENAMO, Ossufo Momade, tem denunciado a suposta perseguição da políciaFoto: Getty Images/A. Barbier

O ministro do Interior disse que vai verificar a funda as denúncias de que os candidatos e apoiantes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) estariam a ser perseguidos pela polícia, o que estaria a impedir os seus trabalhos políticos algumas semanas antes das autárquicas no país.

"Ouvimos esta comunicação [denúncias da RENAMO] e nos interessa aprofundar. Não há nenhuma orientação política nesta perspetiva", disse Monteiro, citado esta sexta-feira (31.08) pelo canal de televisão STV.

Na quinta-feira, o líder interino da RENAMO, Ossufo Momade, acusou a polícia de estar a ajudar a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido do Governo, para ganhar as eleições autárquicas de outubro, através da perseguição aos militantes e candidatos do principal partido da oposição no país.

"A PRM não está ao serviço do povo moçambicano, mas, isso sim, ao serviço da agenda política e eleitoral do partido FRELIMO, ao qual, desesperadamente, tenta ajudar a ganhar eleições", disse Ossufo Momade.

MOZAMBIQUE-VOTE
Foto: Getty Images/G. Guercia

O ministro do Interior garantiu que a polícia moçambicana não tem orientações para impedir os partidos políticos de fazerem o seu trabalho, considerando que é do interesse dos moçambicanos que todos participem do processo eleitoral. "Politicamente falando, todas as forças estão orientadas para viabilizar e facilitar que todos os atores participem", acrescentou Basílio Monteiro.

Mais acusações

Na tarde da última sexta-feira, o principal partido da oposição em Moçambique voltou a acusar a polícia e o partido no poder de impedir a apresentação do seu cabeça de lista no município da Massinga, sul do país.

O porta-voz da RENAMO, José Manteigas, afirmou que agentes da polícia e pessoas que vestiam camisetas da FRELIMO barraram a passagem de uma comitiva do principal partido da oposição para uma ação de apresentação do seu cabeça-de-lista para as eleições municipais de outubro.

Também a 23 de agosto, a RENAMO acusou a polícia moçambicana de estar a impedir a apresentação do seu candidato para Maputo, Venâncio Mondlane, afastado pela Comissão Nacional de Eleições, em bairros periféricos. As eleições autárquicas estão marcadas para 10 de outubro nos 53 municípios do país.