Governo de São Tomé investiga naufrágio que fez sete mortos
26 de abril de 2019"Todas as medidas estão a ser tomadas, para em primeiro lugar se encontrar rapidamente os desaparecidos e garantir toda a assistência aos sobreviventes, e num segundo momento, se proceder à abertura imediata de um inquérito para se apurarem as causas deste trágico acidente e assacar as eventuais responsabilidades", afirmou o chefe do Governo de São Tomé e Príncipe, em declarações aos jornalistas.
O naufrágio do navio "Amfitriti", que fazia a ligação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, causou a morte a sete pessoas - quatro crianças e três adultos - e dez pessoas continuam desaparecidas, referiu o primeiro-ministro.
De acordo com as autoridades do Príncipe, constam da listagem dos passageiros duas cidadãs portuguesas e um francês, ainda desaparecidos.
Segundo Jorge Bom Jesus, até ao momento "foram resgatadas com vida 55 pessoas, que já se encontram na região autónoma do Príncipe", tendo três sido levadas para São Tomé por terem "ferimentos graves".
"Em meu nome pessoal e do governo central, quero endereçar profundos sentimentos de pêsames às famílias enlutadas e a toda a população no geral, assegurando ao governo regional todo o apoio e solidariedade institucional que a situação impõe", disse o primeiro-ministro.
Três dias de luto pelas vítimas
Na declaração à imprensa, Bom Jesus anunciou ainda que foi convocada uma sessão extraordinária do Conselho de Ministros, "onde serão analisadas pormenorizadamente todas as informações disponíveis e tomadas as medidas que forem necessárias para ultrapassar da melhor forma esta situação".
Além disso, o ministro do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adlander Matos, desloca-se esta sexta-feira à região autónoma do Príncipe para "acompanhar de perto a situação e apoiar o governo regional no que for necessário", disse o chefe do executivo.
O navio naufragou às primeiras horas da manhã de quinta-feira (25.04), já perto da ilha do Príncipe, e transportava 64 passageiros e oito tripulantes e 212 toneladas de carga. A embarcação tem capacidade para 250 passageiros sentados, além da carga.
O navio é habitualmente utilizado por residentes da ilha do Príncipe, que se deslocam à capital para fazer compras. O governo regional do Príncipe, reunido de emergência, decretou entretanto três dias de luto e suspendeu as festividades do Dia da Autonomia, que se celebra a 29 de abril, e que começavam este fim de semana.
A Marinha portuguesa está envolvida nas operações de salvamento e busca, tendo enviado para o local o navio NRP Zaire, que se encontra em missão naquele país.