FRELIMO se diz confiante na "sábia liderança de Xi Jinping"
23 de outubro de 2022A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) felicitou este domingo (23.10) o Partido Comunista Chinês (PCC) pelo 20º Congresso e ao Presidente da China, o líder Xi Jinping, pela sua reeleição. Segundo a imprensa moçambicana, o partido avançou, em comunicado, que está confiante a respeito da "sábia liderança de Xi Jinping".
"A República Popular da China prosseguirá firme na construção de uma nação muito avançada e líder global em diversos domínios, sobretudo o científico e tecnológico, económico, cultural e político", noticiou hoje o periódico "O País".
"Recusa-se a apontar sucessor"
Xi Jinping consolidou-se ontem como o líder mais forte da China em várias décadas, reforçando também o estatuto ao obter um terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista - elevou aliados a posições chave e recusa-se a apontar um potencial sucessor.
Durante o evento, Xi surgiu em primeiro quando a nova formação do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista (PCC), composta por sete homens, subiu para um palco montado dentro do Grande Palácio do Povo, em Pequim, após um plenário à porta fechada entre os 370 delegados do Comité Central do Partido.
A formação do novo Comité Permanente do Politburo, a cúpula do poder na China, é dominada por aliados e protegidos de Xi Jinping. Nenhum tem a idade e experiência que o destacaria como sucessor viável.
Sucessão
Embora o Partido Comunista não estabeleça limites de mandato para o seu principal cargo político, Xi está a romper com o ciclo de décadas de sucessão ordenada estabelecido pelos seus antecessores.
A ausência de um sucessor óbvio também sugere que Xi pode tentar manter-se no poder para além do terceiro mandato, que termina em 2027.
Xi Jinping deve, assim, tornar-se no terceiro líder chinês com mais tempo como chefe do PCC, superado apenas por Mao Zedong, que liderou o Partido durante mais de trinta anos, e Jiang Zemin, que serviu como secretário-geral ao longo de 13 anos, cumprindo dois mandatos e meio.
Deng Xiaoping, o líder supremo da China desde o final dos anos 1970 até à sua morte, em 1997, nunca ocupou oficialmente o cargo de secretário-geral do Partido.
Pela primeira vez em 25 anos, a formação do Politburo não integra mulheres.