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Facebook fecha 200 perfis falsos que visavam africanos

Lusa
16 de dezembro de 2020

A rede social Facebook encerrou quase 200 contas, páginas e grupos falsos mantidos por redes com origem em França e Rússia e que visavam vários países africanos, incluindo Moçambique. 

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Symbolbild I BigTech I Social Media
Foto: Mana Vatsyayana/AFP/Getty Images

"Removemos 84 contas no  Facebook, seis páginas, nove grupos e 14 contas Instagram por violarem a nossa política contra o comportamento falso coordenado. Esta atividade teve origem em França e visou principalmente a República Centro-Africana e o Mali, e em menor escala Moçambique, Níger, Burkina Faso, a Argélia, a Costa do Marfim e o Chade", adiantou a empresa em comunicado. 

Segundo a organização, as "pessoas por detrás desta atividade utilizaram contas falsas para se apresentarem como locais dos países que visavam, publicarem  e comentarem conteúdose gerirem páginas e grupos". 

Publicações                                                                         

As publicações eram principalmente em francês e árabe sobre notícias e acontecimentos atuais, incluindo as políticas francesas em África francófona, a situação de segurança em vários países africanos, alegações de interferência russa nas eleições na República Centro-Africana (RCA), comentários de apoio aos militares franceses e críticas ao envolvimento da Rússia na RCA.  

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"Embora as pessoas por detrás disso tenham tentado esconder a sua identidade, nossa investigação encontrou ligações a pessoas associadas aos militares franceses", esclareceu o comunicado. 

Cerca de 5 mil contas seguiram uma ou mais destas páginas, cerca de 1.600 contas juntaram-se a um ou mais destes grupos e cerca de 200 pessoas seguiram uma ou mais destas contas no Instagram. 

Relacionado com outra rede, com origem na Rússia, o Facebook disse ainda ter removido 63 contas no Facebook, 29 páginas, sete grupos e uma conta Instagram. 

"Em menor medida Moçambique"

Esta rede "centrou-se principalmente na República Centro-Africana (RCA), e em menor medida em Moçambique, Madagáscar, Camarões, Guiné Equatorial, África do Sul e a diáspora da RCA em França", de acordo com o comunicado. 

A rede utilizou uma combinação de contas falsas e comprometidas "para comentar, ampliar o seu próprio conteúdo, levar as pessoas a domínios fora da plataforma e gerir grupos e páginas fazendo-se passar por órgãos de comunicação social e entidades centradas na promoção da cidadania". 

As publicações eram em francês, inglês, português e árabe sobre notícias e acontecimentos da atualidade, incluindo a Covid-19 e a vacina russa contra o vírus, as próximas eleições na RCA, o terrorismo, a presença da Rússia na África Subsaariana, comentários de apoio ao Governo da RCA, críticas à política externa francesa e um golpe de Estado fictício na Guiné Equatorial.  

Nesta rede, a investigação encontrou ligações a indivíduos associados à Agência de Investigação na Internet (IRA) e ao financiador russo Yevgeniy Prigozhin, acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. 

Cerca de 263 mil contas seguiram uma ou mais destas páginas e cerca de 29 mil pessoas juntaram-se a um ou mais destes grupos.