Ex-primeiro ministro japonês Shinzo Abe morre após atentado
8 de julho de 2022Shinzo Abe foi baleado durante um comício na cidade de Nara. Ainda foi transportado para um hospital perto da estação Kintetsu Yamato-Saidaiji, inconsciente, mas acabou por não resistir aos ferimentos.
O político, de 67 anos, participava num comício do Partido Liberal Democrático (PLD), antes das eleições parlamentares do próximo domingo, quando foi alvejado pelas costas com uma arma de fogo.
As autoridades prenderam um homem de 41 anos no local do ataque. De acordo com a emissora pública NHK, o suspeito confessou à polícia que estava insatisfeito com Shinzo Abe e tencionava matá-lo.
Os meios de comunicação locais noticiaram que o suspeito, desempregado, é um antigo membro da Marinha, que deixou a Força de Auto-Defesa do Japão em 2005.
"Esta barbárie não pode ser tolerada"
O ataque está a chocar o Japão, cujas leis de controlo de armas estão entre as mais rigorosas do mundo.
Airo Hino, professor de Ciências Políticas na Universidade Waseda, afirmou que um ataque deste tipo é algo sem precedentes no Japão. "Nunca ocorreu algo assim", disse.
O Governo japonês condenou o ataque. "Esta barbárie não pode ser tolerada", disse o porta-voz do executivo.
Condenação internacional
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, mostrou-se já "chocada" com o atentado contra Shinzo Abe. "Os nossos pensamentos estão com ele e com a família", escreveu na rede social Twitter.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, também condenou o "ataque odioso" contra o primeiro-ministro. "A França está com o povo japonês", disse Macron no Twitter.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse estar profundamente chocado com o "odioso" atentado.
Shinzo Abe foi primeiro-ministro do Japão em 2006 durante um ano e novamente de 2012 a 2020.