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FutebolAlemanha

Euro 2024: Alemanha prepara-se para estreia frente à Escócia

Thomas Klein | ad
11 de junho de 2024

A 4 dias do arranque do Euro 2024 na Alemanha, a seleção do país anfitrião mostra-se preparada para o campeonato. Conseguirá a equipa do selecionador nacional Julian Nagelsmann ultrapassar a "maldição" dos últimos anos?

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Alemanha prepara-se para acolher o Campeonato Europeu de Futebol
Foto: Joaquim Ferreira/picture alliance

A "Manschaft" já ganhou a competição europeia por três vezes: 1972, 1980 e 1996. A história pode encher os alemães de boas memórias no campeonato, já que os "fantasmas" dos últimos dois Mundiais ainda pairam no ar.

Para já, ainda em preparação, os pupilos de Julian Nagelsmann aparentam estar confiantes e o ambiente no seio da seleção nacional parecer ser bom.

As prestações nos últimos jogos de preparação frente a França, Países Baixos e Ucrânia criaram uma certa euforia em torno da seleção alemã. Mas até que ponto é que a Alemanha é candidata a ganhar o Euro 2024 pela quarta vez na história?

A experiência é importamte, que o diga Manuel Neuer. O capitão e titular da baliza alemã desvaloriza a experiência individual dos colegas neste tipo de competições e realça que a irreverência e a fome de ganhar são muito importantes.

"Também precisamos de um pouco de sagacidade e de atrevimento, de auto-confiança, e os jogadores que lá estão mereceram-na por estarem lá e trabalharem para isso", diz Neuer.

Julian Naglesmann, selecionador da Alemanha
Julian Naglesmann, selecionador da AlemanhaFoto: John Macdougall/AFP/Getty Images

As apostas de Julian Nagelsmann

A eficácia da linha defensiva tem sido um debate recorrente desde a era do antigo selecionador Joachim Löw. Julian Nagelsmann tem apostado numa dupla com Antonio Rudiger e Jonathan Tah. O defesa campeão pelo Bayer Leverkusen elogia o relacionamento entre os jogadores e está com um bom pressentimento para o Euro 2024.

"Os pontos fortes são, sem dúvida, o facto de termos uma atmosfera muito, muito positiva dentro da equipa, de interagirmos muito uns com os outros, de comunicarmos muito, muito mais uns com os outros do que com pequenos grupos de clubes", afirma Tah.

"É um grupo colorido que se dá bem uns com os outros, que quer ter muito sucesso, por um lado, e que está extremamente concentrado no futebol e nos treinos, mas que, por outro lado, também se diverte e transfere essa paixão do campo para o relvado. E acredito que esta combinação pode levar ao sucesso. É por isso que tenho um bom pressentimento em relação ao torneio", conclui.

Robert Andrich e Toni Kroos
Robert Andrich e Toni Kroos Foto: Moritz Mueller/IMAGO

Toni Kroos de regresso

Um dos grandes reforços para a seleção alemã foi o regresso de Toni Kroos. Após se ter retirado da seleção em 2018, o arquiteto já se despediu do futebol de clubes, com a sexta Liga dos Campeões pelo Real Madrid. Kroos já ganhou tudo. Ou quase tudo. Falta mesmo só um Campeonato da Europa de seleções.

Todos os grandes arquitetos precisam de um assistente. E Robert Andrich enche essa posição como poucos na Alemanha. O médio do Bayer Leverkusen é um pêndulo no meio-campo. Para Kroos poder pensar e executar, Andrich corre e não pára de lutar pelo espaço e bola.

"Penso que já melhorámos muito no nosso jogo com bola, que estamos a levar o Flo Jamal, em particular, para os espaços onde ele é simplesmente incrivelmente bom, e penso também que, em muitas situações, temos um bom instinto para ir um pouco mais fundo", considera Andrich.

"Mas, definitivamente, ainda há espaço para melhorias, ainda há margem para melhorar em termos de empenho e intensidade. Já melhorámos muito em termos de querer trabalhar contra a bola e isso também será fundamental para o Campeonato Europeu", conclui.

E é precisamente no ataque que surgem as maiores incertezas na seleção alemã. Se é verdade que a Alemanha não tem um goleador desde Miroslav Klose, a imprevisibilidade posicional e técnica de Florian Wirtz e Jamal Musiala podem abrir caminhos para Thomas Müller ou Fullkrug marcarem golos.

A Alemanha é favorita a ganhar o Euro? O histórico impõe respeito. Apenas a Espanha ganhou tantas vezes como a seleção alemã. A jogar em casa, a pressão é inevitável. Nagelsmann e companhia querem entrar com o pé direito na próxima sexta-feira (14.06), em Munique, frente à Escócia.