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Tigray: Governo e ONU quere

Lusa
12 de julho de 2022

Projeto da ONU visa "reconstruir e melhorar o acesso a serviços básicos e infraestrutura de recuperação climática". E só arranca após consulta às comunidades locais.

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Äthiopien Bürgerkrieg, Reportage aus Abaala, an der Grenze zwischen Tigray und Afar
Foto: Mariel Müller/John Irungu/DW

O Governo da Etiópia anunciou, esta terça-feira (12.07), um acordo com a ONU para um projeto de reconstrução em Tigray (norte), palco de um conflito entre o Exército e a Frente Popular de Libertação de Tigray, desde novembro de 2020.

Em comunicado publicado na sua página na Internet, o Ministério das Finanças afirma que assinou um acordo com o Escritório da ONU de Serviços para Projetos (UNOPS, na sigla em inglês) para "executar um projeto de recuperação" que faz parte do "programa de recuperação" financiado pelo Banco Mundial.

Os objetivos são "reconstruir e melhorar o acesso a serviços básicos e infraestrutura de recuperação climática" e "melhorar o acesso a serviços multissetoriais dirigidos a sobreviventes da violência de género em comunidades afetadas pelo conflito na Etiópia".

O Ministério das Finanças acrescenta que o UNOPS "lançará as atividades identificadas no primeiro objetivo", enquanto o segundo objetivo "será executado" por outro organismo, com o qual decorrem negociações, mas que não identifica.

Consulta às comunidades

As atividades a executar pelo UNOPS iniciar-se-ão somente após consulta às comunidades locais e compreendem a "reconstrução de serviços básicos nas infraestruturas afetadas pelo conflito" e o "apoio a instituições sociais ao nível comunitário".

"O UNOPS executará o projeto até que a situação em Tigray melhore e permita que o Governo prossiga o projeto com a sua própria estrutura, situação em que o UNOPS entregará as atividades ao Governo", acrescenta o ministério, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

O Banco Mundial tornou-se a primeira instituição financeira a liberar fundos para a Etiópia em abril, uma decisão tomada após o início de uma "trégua humanitária" entre o Exército e a Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF) no final de março, embora as duas partes se tenham desde então acusado mutuamente de inúmeras violações.

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