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eSwatini: Cerca de 80 feridos em protestos pró-democracia

Lusa
20 de outubro de 2021

Pelo menos 80 pessoas foram feridas em eSwatini, a última monarquia absoluta de África, em resultado da violenta repressão de manifestações no país pela polícia e exército, anunciou o sindicato local dos funcionários.  

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Polícia marca presença nas manifestação em eSwatiniFoto: Adrian Kriesch/DW

Grandes destacamentos da polícia e do exército, fortemente armados, ocuparam as ruas das duas principais cidades do país, a capital, Mbabane, e Manzini, e dispararam balas de borracha e gás lacrimogéneo contra os manifestantes. 

O pequeno país da África Austral, pobre e sem litoral, tem sido palco de uma onda de protestos, que dura há várias semanas, para exigir democracia.

Os incidentes violentos começaram por volta das 05:00 TMG, segundo o presidente do sindicato dos funcionários públicos NAPSAWU, Oscar Nkambule.

Foi disparado gás lacrimogéneo contra um autocarro que transportava manifestantes e as redes sociais divulgaram imagens de pessoas a saltar das janelas do veículo envolto em fumo branco, antes de a Internet ser cortada no país, por volta do meio-dia de hoje. Em Mbabane, uma escola secundária foi incendiada. 

Protestos pró-democracia paralisam o reino de eSwatini

Onda de protestos

Uma onda anterior de protestos pró-democracia em junho último, organizada pela sociedade civil e pela oposição, resultou num balanço de, pelo menos, 28 pessoas mortas. 

Em eSwatini, o rei nomeia ministros, controla o parlamento e os partidos políticos estão proibidos há quase 50 anos.

Coroado em 1986 aos 18 anos de idade, o atual rei, que tem 15 esposas e mais de 25 filhos, é uma figura fortemente desacreditada, devido às suas políticas repressivas e a um estilo de vida fortemente ostensivo num país onde dois terços da população vive abaixo do limiar da pobreza.