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Criminalidade

EI reivindica atentado contra posição militar no Mali

EFE | Lusa | kg
3 de novembro de 2019

Grupo jihadista diz ter sido responsável pelo ataque que deixou 54 mortos, a maioria soldados malianos, no leste do país. Se confirmada a autoria, este será o maior atentado do EI desde a morte do seu antigo líder.

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Soldados das Forças Armadas do MaliFoto: Getty Images/AFP/A. Jocard

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou este domingo (03.11) a autoria do atentado realizado contra uma posição militar localizada no leste do Mali. O ataque deixou 54 mortos, entre os quais um civil, segundo as informações oficiais.

Entretanto, de acordo com a organização jihadista, o número de baixas chegou a 70. O anúncio foi feito pela agência de notícias do EI, a "Amaq", e pelo aplicativo de mensagens Telegram.

No texto, o grupo jihadista diz ter obtido êxito num "grande ataque", em que também houve uma dezena de feridos, incluindo militares malineses. O EI aponta ainda que os jihadistas destruíram vários tanques e veículos militares que estavam na base de Indelimane e depois se retiraram sem qualquer baixa, versão que coincide com a divulgada pelo Governo do Mali.

Os jihadistas estavam equipados com lança-granadas e fuzis de assalto.O grupo chegou em motos e caminhonetes e abriu fogo por cerca de meia hora, tomando o controle da unidade militar por algumas horas.

"Na sequência do ataque à posição das FAMA [forças armadas do Mali] em Indelimane, foram encontrados 54 corpos, incluindo um civil", confirmou o ministro porta-voz do Governo do Mali, Yaya Sangaré, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

Violência

Caso a autoria do atentado seja confirmada, o atentado no Mali seria o primeiro de grande porte realizado pelo grupo jihadista EI após a morte do seu antigo líder Abu Bakr al Baghdadi, que foi morto na semana passada, na Síria. 

A morte de Al Baghdadi, o terrorista mais procurado do mundo, foi anunciada por Trump no último domingo (27.10). O antigo líder do EI foi morto numa operação na cidade de Barisha, a apenas seis quilômetros da fronteira da Turquia.

Ataques terroristas afetam o Mali desde 2012, quando houve um golpe de Estado que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.