1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
DesportoÁfrica

Fim dos Jogos Olímpicos: Cabo Verde destaca-se entre PALOP

ad | com agências
12 de agosto de 2024

Terminou este domingo a 33ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão, em Paris. O continente africano teve como grande representante o Quénia, que conquistou 11 medalhas. Dos PALOP, só Cabo Verde chegou ao pódio.

https://p.dw.com/p/4jMfz
Olympia 2024 Paris | Der Boxer David Pina von den Kap Verdischen Inseln|
Foto: Maye-E Wong/REUTERS

A capital de França despediu-se de mais de 10 mil atletas, de 206 países, que ao longo de 17 dias, competiram por um lugar na eternidade no desporto em 48 modalidades.

O continente africano teve como grande representante e vencedor o Quénia, que conquistou 11 medalhas, entre as quais 4 de ouro.

Mas os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) também mereceram o seu lugar de destaque. Cabo Verde conquistou a medalha de bronze em boxe, na categoria de -51 quilos. O autor do feito foi David Pina, sagrando-se o primeiro atleta cabo-verdiano de sempre a ganhar uma medalha olimpica.

"É uma sensação de alegria, saber que somos um país tão pequeno, chegamos aqui com a cabeça erguida sabendo que já conseguimos um bom resultado e que ainda podemos conseguir mais. A sensação é de objetivo realizado, porque viemos de Cabo Verde com o sonho na mala com o único objetivo de conseguir pela primeira vez uma medalha para o nosso país", disse. 

E Pina quer continua a voar: "É um momento de alegria, mas temos de ter os pés no chão, porque querenos mais. Atribuo todo o mérito da conquista ao meu treinador que está por detrás do meu sucesso, que estudou o adversário, que montou as táticas e as estratégias."

Nem todos perto do pódio

Angola, Moçambique e Guiné-Bissau não conseguiram chegar ao pódio em Paris. No entanto, Portugal ganhou quatro medalhas, conquistando uma medalha de ouro na modalidade onde a expetativa era menos elevada. Iuri Leitão e Rui Oliveira ganharam o primeiro ouro português de sempre em ciclismo de pista.

A pugilista Alcinda Panguana era a esperança dos moçambicanos, mas não conseguiu vitória
A pugilista Alcinda Panguana era a esperança dos moçambicanos, mas não conseguiu vitóriaFoto: Frank Franklin II/AP/picture alliance

"Depois de 200 voltas frenéticas, cá estamos com o nosso ouro. Nem parece verdade, obrigada a todos pelo apoio, tem sido magnífico", dsseram os atletas.

No que toca à tabela final, não há grandes surpresas. Pela oitava edição consecutiva dos Jogos Olimpicos de verão, os EUA líderam o ranking de atletas mais medalhados.126 medalhas ao todo, mas no que toca ao ouro, divide a liderança com a China. Ambos os países venceram 40 medalhas de ouro.

Destaque ainda para as modalidades mais mediaticas. No futebol masculino, a Espanha ganhou o ouro, e nota para Marrocos que sagrou-se a primeira seleção africana a conquistar uma medalha no futebol, o bronze.

No Basquetbol masculino, sem surpresa, o EUA ganhou 17ª medalha de ouro em 21 edições.

Nos sempre entusiasmantes 100 metros sprint, o lendário Usain Bolt já deixa saudades, mas o novo homem mais rápido do mundo é o norte-americano, Noah Miles, que chegou a competir com Covid-19.

Medalhas: Mulheres na dianteira

No meio de tanto mediastimo masculino, foi uma mulher que se destacou como atleta com mais medalhas nestes jogos olimpicos 2024: Em natação, a chinesa Zhang Yufei conquistou 6 medalhas, 1 prata e 5 bronzes. Já o atleta com mais ouro conquistado foi também em natação, a jogar em casa, o francês Léon Marchand, com 4 medalhas de ouro e 1 prata.

Zhang Yufei, uma das estrelas do evento
Zhang Yufei, uma das estrelas do eventoFoto: Xu Chang/Xinhua News Agency/picture alliance

17 dias depois, chegou ao fim a 33ª edição dos Jogos Olimpicos de verão. Na hora da despedida da capital francesa, alguns atletas não querem partir.

Rhasidat Adeleke diz que "foi muito bom e foram os meus primeiros Jogos Olímpicos, por isso tudo era novo para mim e estar aqui foi uma experiência fantástica. Conheci tantas pessoas, pude ver toda a excitação que é estar nos Jogos Olímpicos e a experiência fez jus à excitação" E hoje, no último dia, é um bocado triste. Acabou-se tudo, uma coisa que se construiu durante tanto tempo e que acabou assim, sem mais nem menos.

"Acho que a camaradagem, estarmos juntos, divertirmo-nos uns com os outros, contar piadas, passar um bom bocado. Ver alguns grandes atletas. Acho que vimos a Serena, vimos o Paul Gasol, por isso, foi uma boa experiência."

O próximo anfitrião já em evidência

E os que ficam, os franceses, não querem que chegue o dia de amanhã, de trabalho, diz um cidadão: "Amanhã a França deixa de estar de férias e regressa à vida quotidiana. Acho que é uma pena. Mas é assim que as coisas são, vamos lidar com isso".

A cerimónia de encerramento dos jogos olimpicos de Paris, um evento assombroso que contou com uma participação especial e inesperada.

Após a renomada artista americana HER cantar o hino dos EUA, país que irá receber os Jogos Olimpicos de 2028, em Los Angeles, o momento da noite.

Quase caido dos ceus do Stade de France, apareceu o ator norte-americano Tom Cruise naquilo que parecia uma promoção cinematográfica ao famoso "Missão Impossível, mas com outra missão: pegar na sua famosa moto das asas indomáveis e levar a bandeira olimpica até aos EUA, que em 2028, irá organizar o maior evento desportivo mundial pela 5ª vez.

À lupa: Atletas que poderão fazer África brilhar nos Jogos Olímpicos