1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Myanmar regista mais de 60 mortos em dois dias de protestos

Lusa | Reuters | AFP
15 de março de 2021

Junta militar impõe lei marcial em algumas áreas da maior cidade do país um dia depois de ao menos 59 pessoas morrerem na repressão aos protestos no domingo, o dia mais sangrento de sempre na resistência contra o golpe.

https://p.dw.com/p/3qdX6
Myanmar | Proteste gegen Militärführung in Mandalay
Foto: AP Photo/picture alliance

Pelo menos três pessoas morreram esta segunda-feira (15.03) durante manifestações de protesto contra a Junta Militar de Myanmar, depois do fim de semana mais violento desde o golpe de Estado de 1 de fevereiro em que 59 pessoas perderam a vida. 

De acordo com o jornal Irrawaddy Times, pelo menos três pessoas morreram hoje atingidas por disparos em Myingyan, perto da cidade de Mandalay enquanto um número indeterminado de manifestantes ficou ferido na sequência dos disparos de soldados e polícias. Os militares no poder em Myanmar alargaram a mais quatro distritos de Rangum..

A organização não-governamental Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP) denunciou que mais de 125 pessoas já morreram durante a repressão das manifestações contra o golpe de Estado militar de 1 de fevereiro.

Weltspiegel 15.03.2021 | Myanmar nach Militärputsch | Yangon Proteste, Trauer
Manifestantes em fim de semana de protestos em MyanmarFoto: REUTERS

Em outras cidades do país, como Bago, Mandalay e Hpakant, também foram registadas mortes no domingo devido aos tiros disparados pelas forças de segurança. 

A AAPP disse que desde a revolta militar foram detidas mais de 2.150 pessoas, 319 das quais já foram libertadas.

A junta militar deteve a maioria do Governo eleito, incluindo a líder, Aung San Suu Kyi, e o Presidente, Win Myint, na manhã do golpe, além de cancelar a posse da legislatura marcada para o mesmo dia.

Os militares justificaram o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido da líder deposta Aung San Suu Kyi venceu por grande margem e observadores internacionais consideraram legítimas.

Um tribunal não conseguiu realizar uma audiência virtual na segunda-feira com a líder Aung San Suu Kyi por causa de problemas na Internet. A sessão foi adiada para 24 de março.

Refugiados Rohingya sem teto no Bangladesh