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Daniel Chapo diz que é o "motorista" que Moçambique precisa

Lusa
28 de setembro de 2024

O candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique, garantiu que é o único "motorista" entre os quatro concorrentes às eleições de outubro com experiência para "conduzir o povo".

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Daniel Chapo, candidato presidencial da FRELIMO, a 16 de setembro, em Nampula
Daniel Chapo, candidato presidencial da FRELIMOFoto: Sitoi Lutxeque/DW

"No dia 09 de outubro temos de ir escolher a pessoa para nos conduzir nos próximos cinco anos (...). O motorista para nos conduzir", afirmou esta manhã o candidato e secretário-geral da FRELIMO, num comício em Namuno, um dos quatro distritos de Cabo Delgado em que fez campanha desde sexta-feira, depois de Mocímboa da Praia, Mueda e Muidumbe.

Ex-governador da província de Inhambane, sul do país, e antigo administrador do distrito de Palma, em Cabo Delgado, a norte, Daniel Chapo, 47 anos, criticou a falta de experiência dos restantes candidatos, logo após detalhar os investimentos feitos localmente pelo Governo, liderado pela FRELIMO.

"Motoristas que nunca conduziram. E que vocês nunca viram conduzir. Esses é que podem vir para dizerem que vão saber conduzir quando sentarem no carro? A FRELIMO e o seu candidato não são assim", disse, garantindo que após os cargos locais e provinciais que ocupou, agora quer "desenvolver Moçambique".

"A FRELIMO e o seu candidato é o único que trabalha com o povo e para o povo", insistiu, apelando ao voto no único partido que governou Moçambique desde a independência, prometendo "renovação" e uma "mudança para melhor".

"Não há nenhum partido que tenha experiência de dirigir o povo como o partido FRELIMO, porque é partido do povo (...). Por isso, no dia 09 de outubro não vale a pena perder tempo. Nós viemos aqui dizer à população de Namuno que no dia 09 de outubro é nossa tarefa ir saber escolher e saber escolher é escolher a experiência", apelou, perante milhares de apoiantes a quem prometeu condições para terem formação e emprego, bem como construção de casas para jovens, estradas, acesso a agua e energia.

Daniel Chapo acrescentou que é preciso "servir bem o povo" e insistiu no combate à corrupção, que "faz mal a todos" os moçambicanos: "Porque o dinheiro que podia ir para se construir mais escolas, mas hospitais, mais água, mais energia, mais estradas, acaba indo para uma pessoa ou para um grupo de pessoas. E estas pessoas vão ficando cada vez mais ricas e o nosso povo cada vez mais pobre. Temos que acabar com isso".

Moçambique realiza em 9 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

A campanha eleitoral em Moçambique termina em 06 de outubro e Daniel Chapo apelou ainda aos apoiantes para não responderem a "provocações".

"Vamos continuar a fazer uma campanha pacifica, uma campanha ordeira, uma campanha que não provoca ninguém. Deixem que as pessoas provoquem a FRELIMO, que provoquem o candidato, e nós não vamos responder", apontou, quando já passam mais de 30 dias de campanha eleitoral.

"Nós estamos aqui porque a FRELIMO é um partido de paz, não é um partido que provoca confusão", garantiu.

Além de Daniel Chapo, concorrem à Presidência da República Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido representando no parlamento, e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), sem representação parlamentar.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.

Como então? Como acabar com o desemprego em Moçambique?