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Consequências futuras do acordo de mobilidade na CPLP

Lusa
19 de dezembro de 2021

O primeiro-ministro afirmou que é intenção de Portugal consolidar e aumentar a cooperação bilateral com São Tomé e Príncipe. António Costa salientou as consequências futuras do acordo de mobilidade na CPLP.

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Mosambik CPLP sendet Mission an Cabo Delgado - P1240043
Foto: João Carlos/DW

O primeiro-ministro afirmou que é intenção de Portugal consolidar e aumentar a cooperação bilateral com São Tomé e Príncipe e salientou as consequências futuras do acordo de mobilidade na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O líder do executivo português reuniu-se com o seu homologo são-tomense, Jorge Bom Jesus – encontro em que já esteve presente o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, e que durou cerca 30 minutos.

No final da reunião, António Costa elogiou os resultados da cooperação bilateral com São Tomé e Príncipe, destacando as áreas da saúde e da defesa.

"Quero reafirmar ao senhor primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe todo o nosso empenho em prosseguir estes níveis de cooperação e, se possível, desenvolvê-los. A segurança no Golfo na Guiné é essencial para a segurança marítima" internacional, assinalou.

"Temos todo o empenho em desenvolver estes níveis de cooperação, desde logo na segurança para a navegação no Golfo da Guiné, que é não só importante para São Tomé e Príncipe, como também para a navegação marítima internacional", acrescentou.

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António Costa chegou a São Tomé acompanhado pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva RibeiroFoto: Armando Franca/AP/dpa/picture alliance

"Povo não percebe"

O primeiro-ministro evidenciou depois o passo dado ao nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) com a ratificação do acordo de mobilidade, "eliminando barreiras que as populações não compreendem".

Ao nível da CPLP, o líder do executivo destacou que Portugal foi "dos três primeiros países a fazer com que o acordo de mobilidade entre em pleno vigor no próximo dia 01 de janeiro". "Estamos a eliminar uma barreira que as nossas populações não percebem, não aceitam e que nenhum de nós tem interesse em continuar a manter", sustentou António Costa.

O líder do executivo defendeu que as fronteiras entre os diferentes Estados-membros da CPLP "têm de ser espaços de circulação, como se circula através da língua, da literatura, das ideias e dos contactos políticos ou económicos”.

"Este é o melhor legado que podemos deixar às gerações futuras", acentuou, dizendo que casos como o da concessão de vistos a estudantes de São Tomé e Príncipe "não se voltarão a verificar".

No seu breve discurso, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe congratulou-se pela decisão de Portugal ratificar o acordo de mobilidade da CPLP, frisando que o seu país tem uma população jovem e que esta organização está a virar-se para as pessoas.

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