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Corrida às Presidenciais em S. Tomé e Príncipe – uma análise

21 de junho de 2011

A 17 de julho, os são-tomenses vão eleger, pela quinta vez desde a instauração do multipartidarismo em 1991, o seu Presidente da República. A corrida ao posto é a maior de sempre.

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Gerhard Seibert fala sobre os candidatos à Presidência da República de S. Tomé e Príncipe
Gerhard Seibert fala sobre os candidatos à Presidência da República de S. Tomé e PríncipeFoto: DW

São 13 os candidatos a Presidente da República de S. Tomé e Príncipe – um número inédito na história do país. E são eles: Aurélio Martins, Carlos Espírito Santo, Delfim Neves, Elsa Pinto, Evaristo Carvalho, Gilberto Gil Umbelina, Filinto Costa Alegre, Francisco Rita, Jorge Coelho, Manuel de Deus Lima, Manuel Pinto da Costa e Maria da Neves.

Segundo o analista Gerhard Seibert, que conhece bem São Tomé e Príncipe, é difícil explicar o entusiasmo dos candidatos nestas eleições presidenciais, “porque todos sabemos que a maior parte não tem a mínima hipótese de chegar à segunda volta”.

Seibert aponta quatro nomes com grandes possibilidades de passarem à segunda volta: o ex-presidente, Manuel Pinto da Costa, tem hipóteses assim como Maria das Neves”, ambos do MLSTP/PSD, “e também Delfim Neves”, que tem o apoio do MDFL/PL, partido do Presidente cessante. Quanto a Evaristo Carvalho, apoiado pelo ADI (atualmente no Governo), Seibert não acha que se trate de um político “que tenha estado visível nos últimos anos nem que seja um homem carismático”. E, por isso, “com algumas dúvidas, ele também pode ser um dos que cheguem à segunda volta”, disse o especialista em São Tomé e Príncipe.

É difícil medir a recetividade dos candidatos

De qualquer forma, podem sempre acontecer surpresas, uma vez que, perante a impossibilidade de realizar sondagens fiáveis no terreno, se torna difícil medir a recetividade dos outros candidatos.

Sobre Filinto Costa Alegre, Seibert diz que “não é fácil avaliar a popularidade de que este candidato goza junto da população” e, embora não tenha tanta popularidade como Manuel Pinto da Costa e Maria das Neves, como diz o especialista, “Aurélio Martins tem o apoio do Conselho Nacional do Partido” e, continua, “é possível que consiga um apoio em massa do resto do partido mas, neste caso, tenho muitas dúvidas”, acrescentou.

A estabilidade política no arquipélago é a promessa de todos os candidatos

Num país onde a instabilidade política (com sucessivas quedas de governos) tem sido recorrente nos últimos anos, garantir a estabilidade política tem sido a promessa de todos os candidatos. Mas o especialista diz que outros aspetos também deverão ser levados em conta pelos eleitores são-tomenses. Importante é a “personalidade e a maturidade política do candidato”, segundo Seibert, “e isso depende de como for feita a apresentação das ideias de cada um”, nomeadamente como cada um vê o cargo de Presidente da República e como pretende garantir tal estabilidade política.

Contudo, mesmo assim, nada garante que o candidato e futuro Presidente alcance a estabilidade de que o país precisa e que a comunidade internacional espera ver no país para depois investir no arquipélago.

A campanha arranca oficialmente no dia 1 de julho, terminando dois dias antes das eleições. No dia 17, mais de 90 mil são-tomenses, residentes no país e em Portugal, na Guiné Equatorial e em Angola, vão então às urnas escolher o seu novo dirigente.

Autoras: Edlena Barros/Marta Barroso

Edição: António Rocha

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