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Carlos Gomes Júnior disponível para se candidatar às presidenciais

24 de janeiro de 2012

Sem surpresa, o primeiro-ministro guineense é o primeiro a avançar na corrida presidencial. O anúncio coincidiu com os elogios feitos pelo FMI aos progressos da Guiné-Bissau em termos de estabilidade económica.

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O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, anunciou estar disponível para se candidatar à presidência
O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, anunciou estar disponível para se candidatar à presidênciaFoto: DW

O chefe de Governo da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse esta terça-feira (24.01) ser o “candidato natural” do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) às eleições presidenciais antecipadas de 18 de março. “Caso a direção do partido entenda que eu deva apresentar a minha candidatura”, afirmou.

Para organização do sufrágio a Comissão Nacional de Eleições estima serem necessários 3,5 milhões de euros. “Estamos a ter reuniões com os nossos parceiros para criar as condições  mínimas para que a Constituição possa ser respeitada”, frisou o primeiro-ministro. Caso haja atraso nos prometidos apoios financeiros internacionais o Governo “está em condições de financiar as eleições” garantiu Carlos Gomes Júnior.

FMI considera que a Guiné-Bissau está economicamente no bom caminho
FMI considera que a Guiné-Bissau está economicamente no bom caminhoFoto: picture-alliance/dpa

Desenvolvimento está dependente de transição pacífica

Avaliando o desempenho económico da Guiné-Bissau, o FMI, que concluiu terça-feira (24.01) uma visita ao país, considera que se vive um período de estabilidade “impensável na última década”. Segundo o chefe da missão do FMI, Paulo Drummond, “a Guiné-Bissau está hoje numa posição que pode começar a levar por diante uma agenda de desenvolvimento”. Este responsável alertou que “em 2012 todas as reformas económicas em curso deverão continuar a ser levadas a cabo, independente da agenda política”.

Na perspetiva do FMI, se se mantiver a estabilidade política que se tem verificado “apesar dos percalços, a expetativa é de que num futuro não muito longo a Guiné-Bissau comece a ter capacidade para financiar com recursos próprios o seu desenvolvimento”. 

Autor: Braima Darame/Lusa
Edição : Helena Ferro de Gouveia/António Rocha