PR: Novos ataques resultam de tentativas de recrutamento
21 de fevereiro de 2024"Eles não conseguem mais fazer recrutamentos nesta província por muitas razões, a consciência [das populações] e então eles querem ver se furam para trazer outros membros para aqui (…) Eles queriam levar crianças e jovens e não foram felizes", declarou Filipe Nyusi, momentos após orientar uma reunião do Governo em Pemba, capital provincial.
As novas movimentações e ataques de grupos rebeldes começaram há algumas semanas, provocando novas vagas de deslocados, sobretudo a partir de segunda-feira, quando moradores de Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Alaca, Nacoja B, Nacussa abandonaram as respetivas aldeias percorrendo mais de 20 quilómetros ao longo da estrada Nacional (N1), até atravessar o rio Lúrio, fronteira com a província de Nampula, à procura de refúgio no distrito de Eráti (Namapa).
Segundo Filipe Nyusi, as tentativas de recrutar novos membros foram travadas pelas forças moçambicanas, em parceria com o Ruanda, provocando assim movimentações dispersas daqueles grupos armados.
"Os esforços das forças de defesa e segurança não permitiram que isto acontecesse (…) no mês passado, na segunda quinzena, houve muita movimentação de terroristas", avançou o Presidente.
O chefe de Estado moçambicano destacou também limitações de comunicação com alguns distritos afetados devido à chuva que se faz sentir em Cabo Delgado, avançando que esforços estão a ser encetados para resolver este problema com alguma rapidez.
Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias.