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Cabo Delgado: Ministra do Interior anuncia reforço logístico

Lusa
12 de maio de 2023

No final de uma visita à província, a ministra do Interior de Moçambique disse esta sexta-feira (12.05) que vai reforçar os meios logísticos da polícia em Macomia, Mocímboa da Praia e Palma, em Cabo Delgado.

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Still Tv Mozambique reeling from five years of violence
Foto: DW

"Estou a falar de meios de transporte para podermos reforçar a capacidade de locomoção dos nossos colegas nesses pontos e também reforço de combustível porque o trabalho é muito árduo e exige muito", disse a governante.

A ministra do Interior moçambicana falava na capital provincial, Pemba, depois de visitar, desde o início da semana, distritos afetados pela insurgência armada na região.

Em particular, exprimiu satisfação pela reabilitação do comando distrital de Mocímboa da Praia e pela entrada em funcionamento do comando de Palma.

BG I Alltag und Militarismus in Cabo Delgado
Segundo a ministra moçambicana, as obras já começaram em Mocímboa da Praia. Foto: Roberto Paquete/DW

Mocímboa da Praia

"Em Mocímboa da Praia, as obras já começaram com apoio da UNOPS [Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos] e, se tudo andar bem, até julho o comando estará reconstruído", referiu.

Assim, "os colegas poderão ter condições mínimas para trabalhar", referiu, dirigindo-se ao corpo policial.  Em Palma, foi feita "uma pequena reabilitação e é possível trabalhar".

"Ainda não é a instalação que gostaríamos de ter como comando distrital, mas é o mínimo", disse, remetendo para "ocasiões futuras, quando as condições logísticas permitirem" uma "construção de raiz".

Tanto em Macomia, como em Mocímboa da Praia e Palma, distritos outrora ocupados pelos terroristas, a segurança está a ser reestabelecida e muitos deslocados regressam às zonas de origem.

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Em cinco anos, o conflito em Cabo Delgado já deixou um milhão de deslocadosFoto: DW

Insurgência

Há cinco anos que a província enfrenta uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul de região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos, ACLED.

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