Cabo Delgado: MDM defende diálogo com rebeldes
1 de março de 2024"Tem que haver diálogo, o Governo tem que utilizar a inteligência que está à sua disponibilidade para a localização destes indivíduos e estabelecer os contactos" disse esta sexta-feira (01.03) o presidente do MDM, Lutero Simango, falando à comunicação social na cidade da Beira, província de Sofala.
Para o líder do Movimento Democrático de Moçambique, a situação em Cabo Delgado é "preocupante" e o executivo moçambicano devia envidar esforços para compreender as reais motivações destes grupos.
"O Governo tem a capacidade de encontrar as motivações destes terroristas e, em função disto, estabelecer uma de linha de contacto (…). Não podemos continuar com esta situação, devem ser criadas estratégias para normalizar a vida das populações da província de Cabo Delegado e, no fim do dia, garantir a integridade da soberania moçambicana", afirmou.
Na quarta-feira, também a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), principal partido da oposição, exigiu ao Governo que entre em "diálogo" com os grupos responsáveis por ataques armados em Cabo Delgado, apontando “incapacidade” às forças de defesa para travarem a violência.
Nas últimas semanas, segundo dados oficiais, uma nova vaga de ataques fez com que um total de 67.321 pessoas fugissem das suas terras de origem, incursões justificadas pelo executivo moçambicano como resultado da “movimentação de pequenos grupos de terroristas” que saíram dos seus quartéis (…) em direção ao sul de Cabo Delgado.