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Governo diz que a vida voltou à normalidade em Palma

Lusa | bd
18 de julho de 2022

O governo do distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, garantiu que a vida voltou à normalidade naquela região, avançando que a maior parte dos serviços do Estado e o comércio já estão em funcionamento.

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Mosambik Ärzte ohne Grenzen in Cabo Delgado
Foto: Igor G. Barbero/MSF

O governo do distrito de Palma, na província moçambicana de Cabo Delgado, garantiu que a vida voltou à normalidade naquela região, avançando que a maior parte dos serviços do Estado e o comércio já estão em funcionamento.

"A população sente-se segura e os comerciantes estão a voltar a estabelecer os seus negócios", declarou Laurinda de Fátima, secretária permanente do distrito de Palma, citada esta segunda-feira (18.07) pela Rádio Moçambique.

Palma foi alvo de um dos mais mediáticos ataques protagonizado pelos rebeldes que aterrorizam a província de Cabo Delgado há quase cinco anos, quando em 24 de março de 2021 os insurgentes invadiram a sede daquele distrito, tendo provocado dezenas de mortos e feridos, bem como a fuga de milhares de pessoas.

O distrito acolhe o projeto de exploração de gás natural liderado pela Total, o maior investimento privado em África (na ordem dos 20 mil milhões de euros), entretanto suspenso devido à insegurança na região.

BG I Alltag und Militarismus in Cabo Delgado
Palma Foto: Roberto Paquete/DW

Tudo a funcionar

Segundo a secretária permanente de Palma, passado mais de um ano após a incursão, quase todas as instituições do Estado estão em funcionamento e, de um total de 170 estabelecimentos comerciais que existiam, 91 voltaram a operar.

"As instituições do Estado estão a funcionar todas, exceto os serviços do notariado, que também vão voltar em breve", acrescentou.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio.

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