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Cabo Delgado: FRELIMO denuncia assassinatos dos seus membros

Sitoi Lutxeque (Nampula)
15 de junho de 2021

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) diz que os terroristas em Cabo Delgado estão a perseguir e a assassinar os seus membros e simpatizantes. Analista aconselha o partido a ficar vigilante.

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Hotel em Palma, imagem de arquivoFoto: Planet Labs Inc./dpa/picture alliance

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) diz que membros e simpatizantes do partido estão a ser perseguidos e assassinados pelos terroristas na província nortenha de Cabo Delgado.

A denúncia foi feita esta terça-feira (15.06) por Luciano de Castro, primeiro secretário do comité provincial da FRELIMO na província de Nampula, durante um encontro com militantes do partido.

Luciano de Castro
Luciano de CastroFoto: S. Lutxeque/DW

"Lá [em Cabo Delgado], onde assassinam as pessoas, se dizem que são da FRELIMO e do Governo, são degolados e, se você não sabe pronunciar algumas palavras árabes, é degolado", denunciou.

O dirigente não avançou detalhes sobre quantos membros do partido foram mortos pelos terroristas em Cabo Delgado. Mais de 2.800 pessoas morreram desde o início dos ataques na província, em 2017.

Apelo à vigilância

O sociólogo Faquir Fernandes diz que a denúncia da FRELIMO é alarmante e aconselha o partido a não cruzar os braços.

"Deve ficar alerta. Eu, como moçambicano, fico muito preocupado. É uma situação que deve ser levada a sério", disse.

Nos últimos anos, a província de Nampula tem sido considerada um dos centros de recrutamento de jovens pelos terroristas.

O primeiro secretário provincial da FRELIMO, Luciano de Castro, apela à vigilância da população e ao diálogo inter-religioso, para responder à ameaça terrorista.

"[Os terroristas] utilizam a religião para poder nos dividir aqui em Moçambique", afirmou. "O nosso convívio ecuménico em Moçambique era bom. Eu tenho familiares que são cristãos, muçulmanos e que não professam qualquer religião. Encontrávamo-nos de forma pacífica e, nos encontros, respeitávamo-nos uns aos outros, mas eles querem utilizar a religião muçulmana para nos confundir."

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