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ConflitosAlemanha

Ucrânia: Biden agradece a Scholz por "profundo" apoio alemão

Lusa | DW (Deutsche Welle)
4 de março de 2023

Na Casa Branca, o chanceler alemão Olaf Scholz e o Presidente Joe Biden comprometeram-se a manter "enquanto for necessário" a cooperação conjunta para apoiar a Ucrânia.

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Foto: Susan Walsh/AP/picture alliance

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiram na sexta-feira (03.03) num encontro na Casa Branca que apoiarão a Ucrânia "enquanto for necessário", num sinal de unidade que visa a Rússia e, indiretamente, a China.

O compromisso resultou da segunda visita do chefe do Governo alemão à Casa Branca, onde tinha estado previamente em 7 de fevereiro de 2022, a pouco mais de duas semanas da invasão russa da Ucrânia e com Biden e Scholz a fazerem então breves declarações à imprensa.

Os países ocidentais prometeram então "responder" e "mantivemos a nossa palavra", disse ontem Biden, agradecendo a Olaf Scholz sentado ao seu lado.

"Vocês intensificaram" o apoio a Kiev, disse ele, já que a Alemanha concordou recentemente, após longa hesitação, em entregar tanques à Ucrânia.

Apoio "enquanto for necessário"

Olaf Scholz considerou "muito importante" enviar uma "mensagem" sobre a Ucrânia, nomeadamente que vão "continuar (a apoiá-la) enquanto for necessário".

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O Kremlin já havia criticado esta reunião. "Os Estados Unidos continuam a sua política de aumentar as entregas de armas para a Ucrânia e persuadir os seus protegidos a fazerem o mesmo", disse o porta-voz do Kremlin, num comentário ao encontro na Casa Branca.

Coincidindo com a visita de Scholz, os Estados Unidos aprovaram nesta sexta-feira um novo pacote de 400 milhões de dólares (376 milhões de euros) de ajuda militar à Ucrânia.

O novo pacote, o 33.º que os EUA enviam a Kiev, inclui munições para o sistema de mísseis de longo alcance HIMARS e para os tanques Bradley, entre outro tipo de armamento, anunciou em comunicado o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

Aumento das tensões

A reunião de ontem entre Biden e Scholz acontece após vários episódios de tensão, designadamente a oposição frontal de Joe Biden, depois da sua eleição, ao projeto do gasoduto Nord Stream 2, realizado com Moscovo, e os maciços subsídios às indústrias 'verdes' americanas previstos no seu plano "Lei de Redução da Inflação".

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Mas a tensão aumentou especialmente recentemente em torno da questão do envio de tanques para a Ucrânia.

A Alemanha finalmente concordou em 26 de janeiro em enviar um número significativo dos seus tanques Leopard, um ponto de viragem no apoio militar ocidental.

"Desafios colocados pela China"

Na agenda do encontro de ontem estavam também "os desafios colocados pela China", como disse na quinta-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, numa altura em que Washington acusa Pequim de considerar entregas de armas a Moscovo.

A Casa Branca observou com indisfarçável satisfação que o chanceler alemão, cujo país tem uma estreita relação económica com a China, alertou publicamente Pequim contra o apoio militar letal à Rússia.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse à DW: "Ainda não temos qualquer indicação de que os chineses tenham decidido avançar, fornecendo qualquer tipo de armamento ou capacidades letais à Rússia”.

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