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PolíticaArgélia

Argélia vota nas presidenciais onde Tebboune mira reeleição

AFP
7 de setembro de 2024

Os argelinos foram às urnas este sábado nas eleições presidenciais que se espera venha a dar um segundo mandato ao atual presidente Abdelmadjid Tebboune.

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Eleições presidenciais na Argélia
Mais de 24 milhões de argelinos estão registados e candidatos apelara a grande afluência às urnasFoto: Fateh Guidoum/AP/picture alliance

O atual presidente Abdelmadjid Tebboune, de 78 anos, lista-se como o favorito na corrida contra o o islamista moderado Abdelaali Hassani e o candidato socialista Youcef Aouchiche.

Na capital Argel, na manhã deste sábado (07.09), as ruas estavam calmas, com a maioria dos eleitores a dirigir-se às assembleias de voto depois do meio-dia.

“Vim cedo para exercer o meu dever e escolher o presidente do meu país de forma democrática”, disse à AFP Sidali Mahmoudi, de 65 anos.

Seghir Derouiche, de 72 anos, disse que não votar era “ignorar o direito de cada um”.

A votação começou às 8:00 horas locais. Às 10h00, a ANIE, a autoridade eleitoral, informou que a taxa de participação era de 4,5% em todo o país.

Mais de 24 milhões de argelinos estão registados para votar e ambos os adversários de Tebboune apelaram a grande afluência às urnas.

Eleições presidenciais na Argélia
Quem vencer as eleiçõe "continuará o projeto" da Nova Argélia, disse Abdelmadjid Tebboune que procura a reeleiçãoFoto: Fateh Guidoum/AP/picture alliance

"Deixar o boicote para trás"

“Hoje começamos a construir o nosso futuro votando no nosso projeto e deixando o boicote e o desespero para trás”, disse Aouchiche na televisão nacional após a votação.

Hassani disse aos jornalistas que espera que “o povo argelino vote em força” porque “uma grande afluência às urnas dá maior credibilidade a estas eleições”.

Após a votação em Argel, Tebboune disse que esperava que "a Argélia ganhe de qualquer maneira" e que quem vencer “continuará o projeto” da Nova Argélia, o país que emergiu após os protestos em massa a favor da democracia.

O principal desafio do presidente em exercício é aumentar a participação eleitoral no país depois de ter vencido em 2019 com 58% dos votos, mas com uma taxa de abstenção recorde de mais de 60%.