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Após gestão polémica, presidente do BAD é reeleito

AP | Lusa
28 de agosto de 2020

Eleito para mais cinco anos à frente do BAD, Akinwumi Adesina foi acusado por funcionários da instituição de favorecimento de familiares e influência na atribuição de contratos. Grupo de trabalho externo o inocentou.

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Akinwumi Adesina, neuer Präsident der Afrikanischen Entwicklungsbank
Foto: AFP/Getty Images/S. Kambou

O chefe do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, foi reeleito esta quinta-feira (27.08) para um segundo mandato de cinco anos, que terá início a 1 de setembro.

Adesina tem 60 anos e foi ministro da Agricultura da Nigéria. O executivo "obteve 100% dos votos de todos os membros regionais e não regionais do banco", divulgou a instituição financeira africana após reunião anual em Abidjan, na Costa do Marfim.

Nascido em uma família de agricultores, tornou-se em 2015 o primeiro nigeriano a dirigir o BAD - um dos cinco maiores credores multilaterais do mundo.

O executivo ganhou reconhecimento a nível continental em outubro de 2019 - quando o BAD garantiu 115 mil milhões de dólares [105 mil milhões de euros] em promessas de financiamento. A iniciativa duplicou o capital da instituição e cimentou a sua notação de crédito "triplo A".

"Vamos construir sobre os fortes alicerces do sucesso dos últimos cinco anos, enquanto fortalecemos ainda mais a instituição, para maior eficácia e impacto", disse após os membros do banco o reelegerem em decisão unânime. Na quarta-feira (26.08), quando formalizou a disponibilidade para o cargo, Adesina pediu estabilidade aos acionistas do BAD.

Zentrale der Afrikanischen Entwicklungsbank
Sede do Banco Africano de Desenvolvimento em AbidjanFoto: AFP/Getty Images/S. Kambou

Gestão controversa

Um relatório de 15 páginas elaborado por um grupo anónimo de funcionários no início deste ano desencadeou um inquérito interno do comité de ética do banco. O executivo foi acusado de favorecimento de familiares e influência na atribuição de contratos.

Os Estados Unidos criticaram a decisão do comité, que livrou Adesina das acusações, e apelaram por uma investigação externa.

Foi nomeado um grupo de trabalho, do qual fazia parte a antiga Presidente da Irlanda, Mary Robinson, para validar ou não as conclusões da investigação. O grupo concluiu que Adesina devia ser absolvido de todas as acusações feitas pelo funcionários e que o comité de ética analisou de forma isenta o caso.

O BAD divulgou que, durante o primeiro mandato de Adesina, os empréstimos do banco beneficiaram 335 milhões de africanos nos setores de energia, transportes e saneamento básico.

A instituição de 56 anos estima que África poderá perder pelo menos 173 mil milhões de dólares [147 mil milhões de euros] do seu Produto Interno Bruto em 2020 e 236 mil milhões de dólares em 2021 devido à crise de Covid-19. Em abril, o banco criou um mecanismo de resposta à pandemia no valor de 10 mil milhões de dólares.

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