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Angola: Arranca campanha de recolha de sangue no Namibe

Adilson Liapupula
24 de junho de 2021

Instituto Nacional de Sangue em Angola lançou um programa de recolha de sangue junto da comunidade do Namibe por falta de reservas. O objetivo é consciencializar a população para a importância da doação espontânea.

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Foto: A. Liapupula/DW

A falta de sangue nos hospitais do Namibe tem criado muitas dificuldades aos pacientes e familiares de pessoas internadas nas unidades sanitárias da província. 

Para mitigar este problema, o Instituto Nacional de Sangue e a Universidade do Namibe lançaram uma campanha que já contou com mais de 50 dadores, entre estudantes e funcionários. 

"Quem doa sangue, doa vida. É dar um pouquinho de vida àqueles que precisam e sinto-me lisonjeada, porque eu já sou dadora desde 2007", disse Vitorina Tchimunco, funcionária da universidade e uma das participantes na iniciativa.

Angola Blutspendeaktion in Namibe
Vitorina Tchimunco, dadora de sangueFoto: A. Liapupula/DW

"Todos os anos, faço questão de cumprir o meu dever todas as vezes que alguém precisa, desde que eu esteja em condições e com possibilidade de doar", acrescentou.

Doação deve ser espontânea

A estudante universitária Ariane Araújo também participou na campanha e apela à doação espontânea, sem que haja necessidade de se fazerem campanhas por falta de reservas sanguíneas.

"Não é a minha primeira vez. É uma causa à qual me juntei há dois anos. Desde então, estou nesta causa de corpo e alma, porque ainda temos amor para partilhar. Aconselho a dar sem ter que pedir. É importante", assevera.

A responsável pelo Serviço de Hemoterapia do Hospital Provincial do Namibe, Selinda Fernanda Jongolo, salienta que as doações voluntárias vão ajudar a reduzir as mortes na região.

Angola Blutspendeaktion in Namibe
Selinda Fernanda Jongolo, responsável pelo Serviço de Hemoterapia do Hospital Provincial do NamibeFoto: A. Liapupula/DW

"Este sangue que colhemos hoje vai minimizar a carência de sangue nos nossos hospitais. Este sangue vai para a província toda, não só para o hospital provincial. Temos o Hospital Materno-infantil, o Hospital Municipal do Saco Mar e o Hospital Municipal do Tômbwa", indicou.

"Para nós é sempre uma alegria saber que teremos a situação minimizada. A nossa salvação têm sido os doadores familiares", acrescenta.

Sangue, um líquido precioso

Em representação da Reitoria da Universidade do Namibe, o professor Jerónimo Evaristo Sanchos lembrou as responsabilidades desta instituição de ensino superior, que vão além da formação e investigação.

"Também temos o sentido de responsabilidade, pela grande importância que tem esta atividade do doador de sangue, sobretudo para podermos ajudar, com o pouco que os funcionários podem fazer, e para conseguirmos mitigar as grandes necessidades que os hospitais ou os gabinetes provinciais de saúde têm deste líquido precioso", concluiu.

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